Domingo, 09 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 16 de dezembro de 2022
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), que já encerrou a safra dos balanços e perspectivas 2022-2023 das federações empresariais, realizou sua tradicional reunião de final de ano nesta quinta-feira (15). Além de analisar os cenários e apresentar as perspectivas econômicas para o Brasil e para o Rio Grande do Sul no próximo ano, o evento marcou também o encerramento da gestão do presidente Anderson Trautman Cardoso.
No plano nacional, um cenário com juros elevados e risco de maior inflação estão entre as principais perspectivas da política macroeconômica para 2023. De acordo com as projeções apresentadas pelo vice-presidente e coordenador da divisão de economia da entidade, Fernando Marchet, a estimativa é fechar 2022 com o IPCA de 6% e PIB de 2,95%. No Rio Grande do Sul, o PIB estimado é de -0,78%.
Marchet alertou ainda para o risco de aumento do endividamento em relação ao PIB e para a PEC da Transição, com a retirada do teto de gastos, além da possibilidade de aumento de impostos para a sustentação fiscal e a utilização dos bancos públicos para medidas parafiscais. No ano que vem, o cenário aponta para um PIB de 0,74%, com IPCA de 7,50%, Selic de 13,75% e câmbio de R$ 5,60 em relação ao dólar. No Rio Grande do Sul, o PIB projeta um crescimento de 4,88%.
Já no âmbito estadual, o economista explicou que as projeções indicam a continuidade da agenda de reformas, ajuste nas contas públicas, espaço para investimentos do governo, concessões e privatizações estaduais, melhoria no ambiente de negócios e mais competitividade. Argumentou ainda que os indicativos apresentados no cenário nacional até o momento sinalizam para anos desafiadores, cujas medidas vão impactar a economia e causar uma desaceleração nos investimentos privados.
Fotos: Divulgação
Na ocasião, o presidente Anderson Trautman Cardoso fez um breve relato de suas principais ações na condução da entidade, como a decisão de estabelecer a inovação como elemento norteador, que acabou se tornando tema central para empresas, universidades, entidades e inclusive governos. Lembrou que a Federasul completou recentemente 95 anos de fundação, reforçando seu papel de atuar na união de todos para avançar em pautas que contribuam para o desenvolvimento do estado e do país.
No encerramento, o novo presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, revelou que o clima no setor empresarial é de cautela diante da ausência de boas expectativas, o que tende a tornar o próximo ano mais difícil.
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