Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Voltar Igreja Católica revela identidade de 26 padres acusados de cometer crimes sexuais na Colômbia

A Igreja Católica revelou a identidade de 26 padres que são investigados na Colômbia por agressões sexuais contra menores de idade. A acusação veio a público pela arquidiocese de Medellín, em decorrência de uma decisão judicial.

A lista foi divulgada por conta de um pedido feito à Justiça colombiana pelo jornalista Juan Pablo Barrientos, que tem participado da cobertura de casos de pedofilia dentro da Igreja Católica no país. A maioria dos 26 padres, acusados de violação de menores e denunciados entre 1995 e 2019, já haviam sido suspensos por um curto período de tempo e retornaram mais tarde às suas funções, afirmou Barrientos.

Em 2019, o jornalista publicou um livro com uma investigação feita sobre agressões sexuais cometidas pelos clérigos, a maioria em Antioquia. Na ocasião, o arcebispo de Medellín foi denunciado por ter encoberto os crimes de um dos padres.

A Igreja Católica, que tentou, sem sucesso, impedir a publicação do livro, falava, na ocasião, em “campanha agressiva de difamação” por parte do jornalista. Em 2021, Barrientos publicou uma segunda investigação, na qual revelava a existência de uma rede de pedofilia na diocese de Villavicencio, a sudeste de Bogotá, envolvendo 38 padres.

Segundo a AFP, pelo menos seis padres cumpriram penas de prisão na Colômbia por violação de menores.

Venezuela

No mês passado, a CEV (Conferência Episcopal da Venezuela) revelou que padres e outros membros da Igreja Católica do país cometeram abusos sexuais contra menores e “pessoas vulneráveis”, cujo número de casos a instituição decidiu manter “em sigilo”.

Segundo primeiro vice-presidente da instituição, monsenhor Mario Moronta, os dados são mantidos “confidenciais” por “respeito às vítimas” e porque o episcopado está preparando “um estudo bastante sério a esse respeito”, sobre o qual não deu detalhes.

Desculpas

O Papa emérito Bento XVI divulgou no início do ano uma carta em resposta as acusações de que teria acobertado casos de pedofilia investigados pela igreja durante o período em que era arcebispo em Munique, na Alemanha. No documento, datado do dia 6 de fevereiro, o líder religioso pede perdão pelo que chamou de “abusos” e “erros” do clero católico, e afirmou ter “vergonha” pelos ocorridos.

Indenizações

Em abril, a igreja católica dos Estados Unidos anunciou o pagamento da maior indenização a vítimas de abusos sexuais cometidos por padres, sacerdotes ou outros membros na história do país: os 87,5 milhões de dólares, equivalentes a cerca de 432 milhões de reais, serão pagos pela Diocese de Camden, em Nova Jersey, a 300 vítimas de abuso. O acordo foi firmado no dia 19 de abril, a partir de um pedido sugerido pela diocese em 2020 e será paga em até quatro anos a um fundo, responsável por indenizar as vítimas. O acordo também inclui a manutenção ou aprimoramento dos protocolos de proteção de crianças, que foram implementados pela Diocese em 2002.

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