Quinta-feira, 12 de setembro de 2024

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Voltar Duas gaúchas estão entre as vítimas fatais de acidente aéreo que matou 61 pessoas no interior de São Paulo

Duas das vítimas do acidente aéreo que matou 61 pessoas em Vinhedo (SP) nesta sexta-feira (9) são naturais do Rio Grande do Sul. Debora Soper Avila e Daniela Schulz Fodra, estavam no avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72, que saiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP).

Natural de Porto Alegre, Debora, de 28 anos, era uma das comissárias da aeronave da empresa Voepass desde o ano passado. “Comissária de bordo, apaixonada pela aviação e pela excelência em bem atender, encantar e ir além das expectativas”, escreveu a vítima em uma rede social.

Fisiculturista, Debora residia com o esposo em Ubiratã (PR) há pelo menos cinco anos. Oriunda de Santa Rosa, a jovem viajaria para os Estados Unidos. Momentos antes de embarcar, fez uma publicação expressando sua felicidade em conhecer o país. Paranaense, o policial rodoviário federal Hialescarpine Fodra, esposo de Daniela, também está entre as vítimas do acidente.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, lamentou o ocorrido. “A queda do avião da Voepass em Vinhedo (SP) é uma tragédia que entristece a todos nós. Desastres aéreos não fazem parte da rotina dos brasileiros e perder tantas vidas dessa maneira é muito impactante. Expresso a minha solidariedade às famílias das vítimas, rogando a Deus que lhes dê conforto nesse momento difícil”, escreveu o governador em uma rede social.

O avião saiu de Cascavel (PR) às 11h56 e deveria pousar no Aeroporto de Guarulhos (SP) às 13h50. Segundo a plataforma de monitoramento de aeronaves Flightradar, a aeronave subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e seguiu nessa altura até as 13h21, quando começou a perder altitude.

Nesse momento, a aeronave fez uma curva busca. Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros.

O acidente é o maior do País em número de vítimas desde 2007, quando um avião atingiu edifício em São Paulo ao tentar pousar. Naquela oportunidade, um avião com 187 pessoas a bordo não conseguiu pousar na pista do Aeroporto de Congonhas, atravessou a Avenida Washington Luís e bateu no prédio da TAM Express, resultando em 199 mortes, incluindo 12 pessoas que morreram após a colisão.

Equipes que atuam no rescaldo do acidente localizaram o equipamento CVR, popularmente conhecido como caixa-preta, que registra as conversas dos tripulantes com a torre de controle. A investigação será conduzida pela polícia civil de Vinhedo, que já conta com uma força tarefa de mais de dez escrivães para trabalharem no inquérito.

 

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