Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Voltar Brasileiros cobram mais vacinas pelo SUS

Alvo de ataques negacionistas durante a pandemia de covid, as vacinas perderam adeptos em boa parte do mundo, mas no Brasil ainda têm amplo apoio da população. Enquanto movimentos contra a imunização ganharam força em todo o planeta, entre os brasileiros, no último ano, houve mobilização pela incorporação de novos imunizantes no Sistema Único de Saúde (SUS).

Juliane Fetzer iniciou em julho deste ano uma campanha pela inclusão da vacina meningocócica B no calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) após perder o filho Arthur, de 1 ano, vítima de meningite bacteriana. Atualmente, a vacina para esse tipo de meningite está disponível apenas na rede privada, a um custo de cerca de R$ 600 a dose.

Em um abaixo-assinado online, em menos de três meses Juliane obteve o apoio de mais de 100 mil pessoas pela inclusão da vacina no SUS. Mas, além da ampliação de tipos de imunizantes no calendário nacional, ela alerta para a necessidade de que os pais garantam a vacinação básica dos filhos. Depois da morte de Arthur, Juliane mobilizou a cidade onde mora, no Rio Grande do Sul, e foi feito um mutirão de checagem das cadernetas de vacinação das crianças.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, embora as vacinas tenham ampla adesão no País, nos últimos anos as coberturas têm apresentado queda. No caso específico de imunizantes que previnem a meningite, as coberturas variaram entre 57% e 90% da população-alvo. A maior cobertura é alcançada pela BCG, com 90,06% do público-alvo vacinado em 2022. Depois, vem a pneumocócica, com 81,51%; a meningocócica C, com 78,63%; e a pentavalente (contra difteria, tétano, etc.), com 77,24%.

A pior cobertura entre as vacinas de meningite é a da meningocócica ACWY, disponível apenas para adolescentes, com apenas 57,98% do público-alvo vacinado.

Herpes-Zoster

De janeiro de 2022 a julho deste ano, só na plataforma Change.org, que reúne abaixo-assinados sobre diversas causas, foram abertas 16 petições para ampliar o acesso aos imunizantes. Entre os pedidos estão desde a liberação de vacinas contra o vírus do herpes-zoster até maior conscientização a respeito da vacinação de bebês prematuros.

“Por entender que vacinas salvam vidas e por saber que o calendário vacinal do prematuro é específico, a gente precisa informar que não é sair do hospital e seguir o calendário básico”, diz Denise Suguitani, diretora da ONG Prematuridade.com.

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