Terça-feira, 15 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 24 de junho de 2023
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigojin, anunciou neste sábado (24) que seus homens, que estavam indo para Moscou vindos do sudoeste da Rússia, estão “retornando” a seus acampamentos “para evitar um banho de sangue”. A decisão foi anunciada após negociações mediadas pela Bielorrússia para encerrar o motim em curso desde a madrugada de hoje (noite de sexta no Brasil).
“Agora é a hora em que o sangue pode correr. É por isso que nossas colunas dão meia-volta e voltam na direção oposta para retornar aos acampamentos”, disse Prigojin em um áudio publicado no Telegram.
Antes do anúncio de Prigojin, o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, com quem Putin conversou pela manhã, garantiu que havia negociado com o líder paramilitar para “parar os movimentos” de seus homens e evitar uma nova escalada e que ele havia aceitado a proposta.
Pelo acordo, o Kremlin garante a segurança dos integrantes do Grupo Wagner, desde que os comboios rumo a Moscou voltem para de onde vieram.
A Rússia instaurou, neste sábado, um “regime de operação antiterrorista” na região de Moscou, depois que o grupo paramilitar Wagner afirmou ter controlado os territórios militares da cidade de Rostov, no Sul do país, informaram agências de imprensa russas. Em pronunciamento pela televisão, o presidente russo, Vladimir Putin, qualificou a rebelião como uma “punhalada pelas costas” e acusou o líder dos mercenários, Yevgeny Prigojin, de ter “traído” a Rússia por sua “ambição desmedida”.
Na véspera, a rixa entre o governo da Rússia e o líder do grupo de mercenários ganhou grandes proporções. Yevgeny Prigojin acusou o Exército russo de bombardear suas bases próximas à linha de frente com a Ucrânia e convocou uma “rebelião armada” contra o comando militar nacional em resposta, levando autoridades no país a investigá-lo, por consequência.
Desde o anúncio da rebelião na madrugada deste sábado (noite de sexta no Brasil), os homens de Wagner estiveram presentes em três regiões russas: Rostov, Voronej e Lipetsk.
O presidente russo, Vladimir Putin, condenou a “traição” de Prigojin e alertou para o risco de uma “guerra civil” em meio ao conflito com a Ucrânia.
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