Quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 28 de outubro de 2023
Milhares de manifestantes saíram às ruas neste sábado (28) em cidades da Europa, do Oriente Médio, da Ásia e dos Estados Unidos para demonstrar apoio aos palestinos e pedir o fim dos ataques de Israel na Faixa de Gaza.
Os atos ocorrem no momento em que Israel intensifica sua operação contra o Hamas, com a presença de militares no território palestino, que está sem sinal de internet e isolado do resto do mundo desde sexta (27).
O Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas, diz que 8 mil pessoas morreram desde o início do conflito, em 7 de outubro. Esses números, no entanto, não foram verificados por organizações independentes. Do lado israelense, são cerca de 1.400 mortos e 229 reféns em poder do Hamas.
Além do Oriente Médio, os movimentos em solidariedade ao povo palestino foram registrados do Leste Asiático – como no Japão e Indonésia – até a Europa – como em Portugal.
Manifestações
Reino Unido – Numa das maiores marchas, em Londres, imagens aéreas mostraram grandes multidões pelo centro da capital para exigir ao governo do primeiro-ministro Rishi Sunak um cessar-fogo. Fazendo eco da posição de Washington, o governo de Sunak não chegou a pedir um cessar-fogo e, em vez disso, defendeu pausas humanitárias para permitir que a ajuda chegasse às pessoas em Gaza.
Estados Unidos – Centenas de pessoas se reuniram em Nova York para pedir o cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Malásia – Na Malásia, uma grande multidão de manifestantes entoava slogans em frente à embaixada dos EUA em Kuala Lumpur.
Itália – Em Roma, centenas de pessoas se reuniram na frente do Coliseu para pedir pela paz na Faixa de Gaza.
Turquia – Dirigindo-se a centenas de milhares de apoiantes num grande comício em Istambul, o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse repetiu a sua posição sobre o Hamas não ser uma organização terrorista.
Iraque – Os iraquianos participaram de um comício em Bagdá.
Cisjordânia – Os manifestantes palestinos em Hebron, na Cisjordânia ocupada, pediram um boicote global aos produtos israelenses. “Não contribuam para o assassinato das crianças da Palestina”, gritavam.
França – Algumas cidades na França proibiram comícios desde o início da guerra, temendo que pudessem alimentar tensões sociais. Ainda assim, houve protestos em Paris e em Marselha.
Nova Zelândia – Na capital da Nova Zelândia, Wellington, milhares de pessoas segurando bandeiras palestinas e cartazes com os dizeres “Palestina Livre” marcharam até o Parlamento.
Tensão na fronteira
Na fronteira israelense, as manifestações foram vistas com uma tensão a mais pela proximidade com Israel.
No Líbano, o vice-chefe do Hezbollah, Naim Qassem, discursou durante um comício onde centenas de pessoas se reuniram em solidariedade com os palestinos. Qassem disse que o grupo estava “totalmente pronto” para contribuir para os combates.
“Contribuiremos para o confronto dentro do nosso plano. Quando chegar a hora de qualquer ação, nós vamos agir”, afirmou o vice-chefe do Hezbollah. O grupo já entrou em confronto com Israel na fronteira libanesa ao longo da semana.
Já na Jordânia, a manifestação acabou em confronto com a própria polícia do país. O centro de Amã foi tomado por manifestantes que gritavam em apoio ao Hamas. A população também exigia que o governo fechasse a embaixada israelense e anulasse o tratado de paz de 1994 com Israel.
No Ar: Bom Dia Caiçara