Sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Voltar BNDES aprova empréstimo de R$ 149 milhões a indústria de biodiesel afetada pela enchente no RS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou empréstimo de R$ 149 milhões à empresa gaúcha Bianchini, que atua na extração de óleos vegetais, produção de farelo e biocombustíveis, a partir do processamento de soja. A unidade da empresa em Canoas (Região Metropolitana de Porto Alegre) foi fortemente atingida em maio pela enchente do rio do Sinos, utilizado para escoar a produção.

Houve danos em prédios, móveis, veículos, equipamentos e estruturas, incluindo as instalações elétricas e de automação, afetando a subestação de entrada de energia. Além disso, foram perdidas 35 mil toneladas de matéria-prima e produtos finais, incluindo farelo e casca de soja, o que gerou custos para retirada do produto aproveitável e descarte da soja estragada. Por conta dos prejuízos, a operação ficou paralisada até setembro.

O apoio do BNDES auxiliará a cobrir gastos extraordinários e a manter 400 postos de trabalho, além do pagamento de salários e outras despesas. A renovação de espaços também está na lista

De acordo com o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, “o crédito para capital-de-giro impulsiona a reconstrução da economia gaúcha, preserva empregos, revitaliza infraestruturas e acelera a recuperação econômica do Estado, uma das prioridades do governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva”.

No caso da Bianchini, o financiamento proporcionará a recuperação da unidade industrial e de estruturas de armazenamento. A retomada integral das operações é necessária para a empresa seguir como uma das maiores produtoras brasileiras de biodiesel. Também presta serviços de beneficiamento de grãos, logística e armazenamento e embarques portuários de granéis sólidos e líquidos.

O programa

O financiamento foi aprovado diretamente no âmbito do programa “BNDES Emergencial” para o Rio Grande do Sul, que apoia ações de enfrentamento às consequências socioeconômicas da catástrofe ambiental nos municípios atingidos. O estado de calamidade pública reconhecido pelas autoridades federais é uma das exigências.

As operações aprovadas são destinadas a empresas com sedes ou filiais afetadas pelas fortes chuvas e com perdas materiais comprovadas. Como contrapartida, precisam manter os postos de trabalho nas unidades apoiadas pelo crédito, preservando a geração de renda.

O BNDES já aprovou R$ 9,1 bilhões para capital-de-giro a empresas do Estado, R$ 2,1 bilhão para compra de máquinas e equipamentos e outros R$ 314 milhões para investimento e reconstrução. A suspensão de pagamentos de dívidas, por sua vez, chega a R$ 4,75 bilhões em quase 73 mil operações. Já em garantias, são R$ 2,9 bilhões em um total de 3,7 mil procedimentos.

(Marcello Campos)

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