Sábado, 07 de setembro de 2024

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Voltar Avançam em Porto Alegre as obras de revitalização do Viaduto da Borges de Medeiros

Iniciadas pela prefeitura de Porto Alegre em novembro de 2022, as obras de revitalização do Viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros (Centro Histórico), avançam conforme o cronograma que prevê a conclusão dos trabalhos em maio deste ano. O custo total é de quase R$ 14 milhões, incluindo restauração, recuperação, correção e conservação da estrutura.

Além da reforma dos elementos construtivos e decorativos (com a substituição do cirex, revestimento característico do viaduto), estão em andamento a instalação de pisos externos e internos, novas redes elétricas e hidráulicas, bem como restauro das estátuas centrais, pintura e lixamento das salas (a maioria utilizadas como lojas ao longo das últimas décadas), dentre outros.

Com a revitalização agora em andamento, a estrutura contará com um novo Plano de Proteção Contra Incêndios (PPCI) e passará a atender aos critérios de acessibilidade. O projeto prevê, ainda, investimentos em sinalização viária, turística e comercial. Ainda não há informações sobre o processo de reocupação dos espaços comerciais.

História

Uma das grandes obras de urbanização de Porto Alegre, o Viaduto Otávio Rocha tem sua origem ligada ao Plano de Melhoramentos e Embelezamento da cidade, proposto em 1914 pelo engenheiro João Moreira Maciel, diretor de Obras da Intendência Municipal (órgão então equivalente à atual prefeitura).

A estratégica ligação do Centro à Zona Sul, com o alargamento e o rebaixamento das ladeiras do estreito Beco General Paranhos, determinou a construção do Viaduto para conectar a avenida Duque de Caxias. As duas novas estruturas foram denominadas de Otávio Rocha e Borges de Medeiros, intendente municipal e presidente do Estado, respectivamente.

A concorrência para a execução das obras foi vencida pela Companhia Construtora Dyckerhoff & Widmann. Em 1927, foi aprovado um projeto de autoria dos engenheiros Manoel Barbosa Assumpção Itaqui e Duílio Bernardi, responsáveis por importantes obras de Porto Alegre. Algumas hoje integram o campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em estilo eclético ou elementos artísticos de art-déco.

Já a construção se deu entre 1928 e 1932. Desde então, recebeu apenas duas obras de recuperação: em 1998 e 2010. Em 1988, foi tombado pelo Município, a partir de proposta da Equipe do Patrimônio Artístico, Histórico e Cultural (Epahc) e sinal-verde do Conselho Municipal do Patrimônio.

(Marcello Campos)

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