Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024

Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024

Voltar Viagem de Lula à China deve ser entre 11 e 15 de abril

O Palácio do Planalto recebeu a confirmação da chancelaria chinesa e começa a planejar a viagem de Lula à China entre os dias 11 e 15 de abril. Depois de manifestar interesse nas datas, o governo brasileiro aguardava a agenda do presidente chinês, Xi Jinping, para poder sacramentar a ida, adiada por conta de um quadro de pneumonia de Lula. O encontro com o presidente chinês deve ser no dia 14, em Pequim.

No fim da manhã desta sexta-feira (31), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República confirmou que a comitiva deixa o Brasil no dia 11 de abril. Outros detalhes não foram divulgados.

A data da reunião bilateral e a duração da viagem ainda dependem da ida ou não do presidente Lula a Xangai, onde fica a sede do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que tem como nova presidente a ex-presidente da República Dilma Rousseff. O NBD também é conhecido como Banco do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Pauta econômica

Lula terá uma pauta econômica clara: defender as relações já construídas com o maior parceiro comercial do Brasil e, eventualmente, ampliar a gama de produtos brasileiros para venda no gigante asiático. Há também 20 acordos prontos para assinatura entre os dois países, adiados junto com o cancelamento da ida de Lula, no último sábado (25).

Os acordos abrangem áreas diversas como: saúde, agricultura, educação, finanças, indústria, ciência e tecnologia. Um dos acordos que devem ser assinados é referente ao Cbers-6, primeiro satélite sino-brasileiro para monitoramento da superfície da Terra, com foco em florestas.

Com a viagem para a China, o presidente terá cumprido agenda oficial nos três maiores parceiros comerciais do país nos três primeiros meses de governo – Lula também visitou recentemente os EUA e a Argentina.

Sem dólar

Os governos do Brasil e da China avançaram nas últimas semanas na negociação para que o comércio e os investimentos entre os dois países sejam feitos diretamente entre o real e o yuan (RMB), o que excluiria o dólar dos Estados Unidos como moeda de referência nas transações.

Reduzir a dependência do dólar, aumentando a circulação do yuan, é uma das linhas de atuação da política externa e financeira da China, num contexto de disputas comerciais e geopolíticas com os Estados Unidos. Recentemente, o governo do presidente Xi Jinping firmou acordos com Arábia Saudita e Rússia para o uso do yuan no comércio. O RMB tem cerca de 2% de participação nos pagamentos globais, em crescimento principalmente no entorno do gigante asiático.

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