Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

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Voltar Veja como ficam os juros do consignado do INSS após a queda da Selic

Após o corte da taxa básica de juros (Selic) anunciado na última quarta-feira (2) pelo Banco Central (BC), os bancos públicos promoveram cortes nos juros praticados para os clientes que acessam o crédito consignado do INSS (com desconto em folha). Os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) decidiram por baixar a Selic de 13,75% para 13,25% ao ano.

A Caixa divulgou a redução de 1,74% para a partir de 1,70% ao mês nas taxas de juros do Crédito Consignado para beneficiários e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Banco do Brasil, por sua vez, reduziu taxas nas linhas de crédito consignado e automático, entre outros. Nesse caso, taxa caiu de 1,81% ao mês para 1,77% ao mês, na faixa mínima, e de 1,95% ao mês para 1,89% ao mês no patamar máximo.

Para Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos e pesquisas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), embora a economia pareça tímida inicialmente, este é o início de um movimento de ajustes e quedas nas taxas praticadas pelos bancos, começando pelos públicos. Segundo ele, se houver novos cortes na Selic, e as instituições financeiras aderirem às reduções, a economia será relevante:

“A queda, começando pelos bancos públicos, vem dentro da linha que se esperava. O efeito é muito pequeno. Estamos falando de meio ponto em uma taxa anual. Com isso, pouco efeito tem, são alguns reais de economia entre o quanto era pago antes e o quanto é agora. Claro que a continuidade da redução da Selic nas próximas reuniões (do Comitê de Política Monetária do Banco Central) poderá tornar a queda importante. Ou seja, pouco mudou agora. Mas se o BC continuar reduzindo as taxas básicas e os bancos também acompanharem, passará a ter um efeito mais importante”, explica Miguel.

Ainda segundo especialistas, uma opção para o consumidor é comparar as taxas de juros nas diversas instituições financeiras e, se conseguir condições mais favoráveis, pedir a portabilidade da dívida para outro banco.

Selic

Em sua decisão, o Copom indicou que a Selic continuará a cair, amparada pela redução da inflação. Segundo comunicado do comitê, seus membros preveem cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. A redução anunciada hoje foi a primeira após três anos.

A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic havia sido em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

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No Ar: Caiçara Confidencial