Terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Voltar União Europeia marca para próxima semana votação do acordo com Mercosul

Os países da União Europeia (UE) devem votar no início da próxima semana para determinar se o bloco deve assinar o acordo de livre-comércio com o Mercosul até o final do ano, informou a Dinamarca, que detém a presidência rotativa da UE, nesta sexta-feira (12).

A UE e o bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai chegaram a um acordo para criar o maior tratado comercial, cerca de 25 anos após o início das negociações. No entanto, a França e outros países da UE expressaram reservas, temendo que o aumento das importações prejudicasse seus agricultores.

A Comissão Europeia, que negociou o acordo, está buscando a aprovação dos membros da UE para que a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, possa viajar ao Brasil para assiná-lo.

“No planejamento da presidência dinamarquesa, a intenção é realizar a votação do acordo com o Mercosul na próxima semana para permitir que a presidente da Comissão assine o acordo no Brasil em 20 de dezembro. Isso não mudou”, disse uma autoridade da presidência dinamarquesa nesta sexta-feira.

O resultado é incerto. A aprovação requer uma maioria qualificada de 15 membros da UE, representando 65% da população da UE. Alemanha, Espanha e os países nórdicos são apoiadores.

No entanto, a Polônia disse que se oporá ao acordo, enquanto as posições da França e da Itália não são claras. Se esses três países, além de mais um, votarem contra ou se abstiverem, o acordo será rejeitado.

O Executivo da UE apresentou o acordo para aprovação em setembro e procurou amenizar a oposição acrescentando um mecanismo que permitiria a suspensão do acesso preferencial do Mercosul a alguns produtos agrícolas, como carne bovina, aves e açúcar.

Os defensores do acordo afirmam que ele é uma parte essencial da estratégia de diversificação da UE, que busca novos mercados e maior acesso a minerais essenciais em meio a perturbações geopolíticas na forma de tarifas dos EUA e restrições chinesas às exportações de chips e terras raras.

Alguns diplomatas da UE disseram que a França tentou adiar uma votação até janeiro e acreditam que agora é o momento de fazer ou desfazer o acordo.

“Se não assinarmos com o Mercosul nos próximos dias, ele [o acordo] estará morto”, disse um diplomata da UE. “Se não conseguirmos chegar a um acordo sobre o Mercosul, não precisaremos mais falar sobre a soberania europeia. Nós nos tornaremos geopoliticamente irrelevantes”, finalizou.

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