Quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 3 de setembro de 2023
A última mulher que ainda estava presa após ser flagrada em meio aos atos golpistas de 8 de janeiro deixou a prisão neste final de semana. Dirce Rogério é acusada pela Procuradoria-Geral da República de participar da depredação das dependências do Palácio do Planalto. Ela chegou à Santa Catarina, onde mora, nesse sábado (2).
Dirce estava presa preventivamente até esta sexta (1º), quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu à microempreendedora liberdade provisória vinculada ao cumprimento de uma série de medidas cautelares, a começar pelo uso de tornozeleira eletrônica.
Ela ainda tem de entregar seu passaporte à Justiça, deverá se apresentar semanalmente ao juízo de Rio do Sul (SC) e está proibida de usar as redes sociais, assim como de se comunicar com outros investigados pelos atos golpistas.
Dirce responderá em liberdade o processo no qual é acusada dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
A fase de instrução de sua ação já foi finalizada, com a apresentação das alegações finais tanto pela defesa como pelo Ministério Público Federal. Agora o processo deve ser analisado pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que libera a ação para julgamento. Depois caberá ao presidente da Corte máxima marcar a data para que o colegiada decida se condena ou absolve Dirce.
As primeiras ações apresentadas na esteira do 8 de janeiro serão analisadas pelo STF em sessões extraordinárias agendadas para os dias 13 e 14 de setembro. Serão julgados os réus Aécio Lúcio Costa Pereira, Thiago de Assis Mathar e Moacir José dos Santos. Eles são apontados como ‘executores’ da depredação aos prédios do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.
Em seu perfil no X (ex-Twitter), a deputada federal Júlia Zanatta (PL/SC), disse que acompanhou de perto o sofrimento das famílias de muitos que foram presos em decorrência dos atos de 8 de janeiro, como no caso de Dirce. “Cheguei a visitá-la na prisão, e enquanto a esquerda e boa parte da mídia a chamava de terrorista, o que vi ali foi uma senhora inocente, uma avó, uma esposa, uma mulher que jamais ofereceria riscos a ninguém, mas também uma guerreira, que aguentou tudo isso durante tantos meses”, escreveu a parlamentar.
Júlia ainda escreveu que “enquanto houver desrespeito ao devido processo legal e abuso contra essas pessoas, nós não descansaremos!” Continuaremos usando todas as ferramentas possíveis para devolver a liberdade que lhes foi tirada…”.
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