Sábado, 18 de maio de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 23 de novembro de 2022
Sempre que escuto a palavra “mané” lembro da fantástica música de Adoniran Barbosa “Apaga o fogo mané!”
Diz a letra: “Inez saiu dizendo que ia comprar um pavio pro lampião. Pode me esperar mané que eu volto já! Acendi o fogão e botei água pra esquentar e fui pro portão só pra ver Inez chegar! Anoiteceu e ela não voltou. Fui pra rua feito louco pra saber o que aconteceu! Procurei na central, no hospital e no xadrez! Andei a cidade inteira e não encontrei Inez. Voltei pra casa triste demais, o que Inez fez não se faz! E no chão perto do fogão encontrei um papel escrito assim: ‘pode apagar o fogo mané que aqui eu não volto mais!!’”
O músico retrata bem toda desilusão de um tolo decepcionado. Este foi o sentimento de todos brasileiros quando viram o ministro Barroso girar o rosto para trás e proferir “perdeu, mané, não amola”. Pelas circunstâncias, talvez não havia tempo suficiente para complementar a frase “perdeu mané, não amola, nós ganhamos!”
Nunca, em toda nossa história, os ministros do Supremo foram tão indisfarçavelmente tendenciosos e partidários a favor de um candidato!
Barroso, indicado por Dilma em 2013, também foi polêmico quando afirmou “eleição não se ganha, se toma!”
Concedeu perdão e liberdade ao condenado José Dirceu, mas se posicionou contra a extradição de Cesare Battisti, condenado por 4 assassinatos na Itália.
É difícil para os brasileiros entenderem decisões monocráticas! Como é possível Alexandre de Moraes, que confrontando o aforisma “todo poder emana do povo” e recebendo apenas um voto do ex-presidente Temer,
tem mais poder que o presidente da República que recebeu mais de 50 milhões de votos.
É acusado de abuso de autoridade. Prendeu e condenou parlamentares, quebrou sigilos e bloqueou contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas! Senhores ministros, tirem as máscaras!!!
Mas a mídia também não fica atrás. Pensa que estamos dormindo! Omitiu e distorceu fatos! Interpretou fatos! Deletou completamente os protestos que ocorreram Brasil afora. Não foram exibidos nas telas da TV e tampouco na capa ou nas folhas dos jornais.
As manifestações inundaram as telas dos celulares.
Foram aliados e coniventes com a farsa da participação de pseudo-representantes do Brasil na COP27.
A mídia perdeu seu bem maior: a credibilidade!
No dicionário, a palavra “mané” é um adjetivo usado para pessoas de pouca inteligência, que é ingênuo ou fácil de ser enganado. É otário ou pateta!
O povo brasileiro não é “mané”. Tirem as máscaras!!
Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e professor universitário
No Ar: Show da Tarde