Domingo, 19 de janeiro de 2025

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Voltar Servidores federais se aproximam de acordo para reajuste salarial de 9%

A terceira rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente entre governo federal, sindicatos e entidades representantes dos servidores públicos caminha para um acordo sobre o reajuste da categoria. O governo apresentou uma nova proposta de aumento salarial de 9% a partir de maio e acréscimo de R$ 200 no auxílio-alimentação.

Inicialmente o governo apresentou uma proposta de 7,8%, considerada insatisfatória pelos servidores, que pediam 13,5%. “Na reunião de sexta (10) o governo disse que não poderia nos atender completamente, avançou até 8,4% em um primeiro momento, nós tencionamos e conseguimos elevar esse percentual a 9% a partir de maio, mais o auxílio alimentação que vai de R$ 458 para R$ 658”, disse o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques.

O governo tem disponível R$ 11,2 bilhões para a correção salarial dos servidores. O montante foi incluído no Orçamento deste ano após a aprovação da “PEC da Transição”.

Interlocutores do Ministério da Gestão, responsável pelas negociações, dizem que os técnicos já verificaram que é possível ampliar o reajuste oferecido pelo governo para 9%, o que ficaria acomodado nessa margem, mas ainda analisam a possibilidade de reajustes em outros benefícios, especificamente o auxílio-creche, uma demanda dos servidores

Os servidores estão com os salários congelados desde 2016 e as perdas acumuladas pela inflação já acumulam 35%, de acordo com a entidade. O governo Bolsonaro não concedeu nenhum reajuste aos servidores. As carreiras da base do funcionalismo federal estão com os salários congelados desde 2017. Já as carreiras de Estado tiveram o último reajuste em 2019 – mas que fazia parte de um acordo escalonado, fechado antes de Bolsonaro assumir o poder.

Próximo passo

A proposta, que será encaminhada formalmente nesta segunda-feira (13), deve ser submetida agora a votação pelas bases sindicais. “Estamos tentando ainda colocar no termo de acordo pautas não financeiras e o governo então na segunda-feira vai nos encaminhar a formalização dessa proposta para que então possamos levar para as nossas bases referendarem ou não o que será proposto pelo governo”, declarou o presidente da Fonacate.

“Nós entendemos que fizemos o possível, estendemos a corda até o limite e agora fica com a base a deliberação sobre aprovar ou não os 9% propostos pelo governo federal, mais 43% no auxílio alimentação a partir de maio”, finalizou Marques.

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