Sábado, 14 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 27 de julho de 2022
O União Brasil anunciou que vai apoiar a reeleição do governador Ratinho Júnior (PSD) no Paraná. O martelo foi batido após uma reunião do pessedista com o deputado federal Felipe Francischini, presidente estadual da legenda, e um telefonema com Antônio Rueda, vice-presidente da sigla.
Com a aliança — articulada pelo deputado Ney Leprevost –, o ex-juiz passa a ser um dos candidatos ao Senado na chapa de Ratinho Júnior e Luciano Bivar, que por enquanto é o postulante à Presidência da República pelo União Brasil. A formalização da coligação acontecerá na próxima terça-feira, durante a convenção do partido.
A aproximação entre o PSD e o União Brasil também poderá provocar um fato inusitado: Moro e Jair Bolsonaro (PL) poderão, em tese, “dividir” o mesmo palanque no Estado, já que o candidato do presidente ao governo hoje é Ratinho Júnior, de quem foi aliado na eleição de 2018 e com quem sempre manteve boas relações.
Em um evento em Foz do Iguaçu (PR), em junho, Bolsonaro fez um aceno ao paranaense e o chamou de “presidente” do Estado. O governador também indicava que iria apoiar a reeleição do presidente, mas tem sido mais discreto em relação a isso nos últimos meses.
A hipótese de Bolsonaro ter outro candidato ao governo paranaense, no entanto, é remota porque faltam menos de dez dias para o prazo final da Justiça Eleitoral para a formalização de coligações e lançamento de candidaturas. O mais provável é que a coligação de Ratinho tenha mais de um candidato ao Senado — o que seria um bom álibi para Moro não precisar subir fisicamente no mesmo palanque de Bolsonaro quando o presidente estiver em campanha no estado.
Moro e Bolsonaro estão rompidos desde abril de 2020, quando o ex-juiz deixou o governo acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal. O divórcio também significou o afastamento do eleitorado bolsonarista de Moro.
Suspensão de inquérito
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) suspendeu o inquérito policial que investiga se Moro e sua esposa, Rosângela Moro, cometeram suposta fraude na transferência de seus domicílios eleitorais para São Paulo. Trata-se, porém, de uma decisão liminar, válida até que o mérito da ação seja julgado pela Corte.
O pedido de Moro e Rosângela pelo trancamento do inquérito havia sido recusado pela 5ª Zona Eleitoral do TRE-SP, que entendeu ainda caber apuração dos fatos, dado que o TRE-SP não afastou de forma expressa o dolo, ou seja, má-fé, na conduta do casal.
Na terça, porém, o juiz Marcio Kayatt aceitou recurso do advogado de Moro e Rosângela, Gustavo Guedes, que defendeu ausência de justa causa para dar prosseguimento à apuração. Ele afirma que continuar com a investigação servirá “tão somente para constranger” o casal.
Moro teve a transferência de seu domicílio eleitoral rejeitada pelo TRE-SP em junho, o que impossibilitou sua candidatura ao Senado Federal por São Paulo. Por isso, o ex-juiz será candidato pelo Paraná, seu antigo domicílio eleitoral. A ação, movida pelo deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) e o diretório municipal da sigla, diz que o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) não possui qualquer vínculo em São Paulo, como exige a legislação brasileira.
No entanto, Moro e Rosângela, que é pré-candidata a deputada federal por São Paulo, ainda respondiam a um inquérito policial que investiga se ambos usaram informações falsas para a mudança de domicílio eleitoral. A denúncia foi feita pela empresária Roberta Luchsinger.
Por Redação Rádio Caiçara | 27 de julho de 2022
O União Brasil anunciou que vai apoiar a reeleição do governador Ratinho Júnior (PSD) no Paraná. O martelo foi batido após uma reunião do pessedista com o deputado federal Felipe Francischini, presidente estadual da legenda, e um telefonema com Antônio Rueda, vice-presidente da sigla.
Com a aliança — articulada pelo deputado Ney Leprevost –, o ex-juiz passa a ser um dos candidatos ao Senado na chapa de Ratinho Júnior e Luciano Bivar, que por enquanto é o postulante à Presidência da República pelo União Brasil. A formalização da coligação acontecerá na próxima terça-feira, durante a convenção do partido.
A aproximação entre o PSD e o União Brasil também poderá provocar um fato inusitado: Moro e Jair Bolsonaro (PL) poderão, em tese, “dividir” o mesmo palanque no Estado, já que o candidato do presidente ao governo hoje é Ratinho Júnior, de quem foi aliado na eleição de 2018 e com quem sempre manteve boas relações.
Em um evento em Foz do Iguaçu (PR), em junho, Bolsonaro fez um aceno ao paranaense e o chamou de “presidente” do Estado. O governador também indicava que iria apoiar a reeleição do presidente, mas tem sido mais discreto em relação a isso nos últimos meses.
A hipótese de Bolsonaro ter outro candidato ao governo paranaense, no entanto, é remota porque faltam menos de dez dias para o prazo final da Justiça Eleitoral para a formalização de coligações e lançamento de candidaturas. O mais provável é que a coligação de Ratinho tenha mais de um candidato ao Senado — o que seria um bom álibi para Moro não precisar subir fisicamente no mesmo palanque de Bolsonaro quando o presidente estiver em campanha no estado.
Moro e Bolsonaro estão rompidos desde abril de 2020, quando o ex-juiz deixou o governo acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal. O divórcio também significou o afastamento do eleitorado bolsonarista de Moro.
Suspensão de inquérito
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) suspendeu o inquérito policial que investiga se Moro e sua esposa, Rosângela Moro, cometeram suposta fraude na transferência de seus domicílios eleitorais para São Paulo. Trata-se, porém, de uma decisão liminar, válida até que o mérito da ação seja julgado pela Corte.
O pedido de Moro e Rosângela pelo trancamento do inquérito havia sido recusado pela 5ª Zona Eleitoral do TRE-SP, que entendeu ainda caber apuração dos fatos, dado que o TRE-SP não afastou de forma expressa o dolo, ou seja, má-fé, na conduta do casal.
Na terça, porém, o juiz Marcio Kayatt aceitou recurso do advogado de Moro e Rosângela, Gustavo Guedes, que defendeu ausência de justa causa para dar prosseguimento à apuração. Ele afirma que continuar com a investigação servirá “tão somente para constranger” o casal.
Moro teve a transferência de seu domicílio eleitoral rejeitada pelo TRE-SP em junho, o que impossibilitou sua candidatura ao Senado Federal por São Paulo. Por isso, o ex-juiz será candidato pelo Paraná, seu antigo domicílio eleitoral. A ação, movida pelo deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) e o diretório municipal da sigla, diz que o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) não possui qualquer vínculo em São Paulo, como exige a legislação brasileira.
No entanto, Moro e Rosângela, que é pré-candidata a deputada federal por São Paulo, ainda respondiam a um inquérito policial que investiga se ambos usaram informações falsas para a mudança de domicílio eleitoral. A denúncia foi feita pela empresária Roberta Luchsinger.
No Ar: Caiçara Confidencial