Sábado, 07 de setembro de 2024

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Voltar Sequestro de brasileiro: embaixada no Equador diz que caso não deve ter relação com onda de violência

O sequestro do brasileiro Thiago Allan Freitas não tem relação com a onda de violência que o Equador enfrenta. A afirmação é do conselheiro da Embaixada do Brasil em Quito, Afonso Nery, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (10).

“Nós estamos desde a tarde de ontem [terça-feira] em contato com a família do sequestrado. Primeiro, não nos parece que o sequestro tenha nenhuma ligação com essa violência de três dias em todo o país, que está sendo feita pelos narcotraficantes após a fuga de dois deles das penitenciárias equatorianas”, explicou Nery.

De acordo com o conselheiro, o sequestro de Freitas aconteceu “quando ele saiu para visitar uma loja de carros usados”.

“Houve um silêncio muito longo, quando, de repente, o filho recebe uma ligação do telefone do pai, mas o pai estava com os olhos vendados e as mãos amarradas dizendo que havia sido sequestrado e os sequestradores pediam um resgate”, prosseguiu.

Nery diz que o resgate era de um valor, e após uma conversa do filho com os sequestradores, ficou pela metade. “O filho, então, entrou nas redes sociais como uma espécie de vaquinha e conseguiu arrecadar um montante ainda longe daquela metade da qual os sequestradores haviam concordado”, explica.

A última notícia sobre o assunto foi recebida pela embaixada durante a manhã desta quarta.

“A ex-mulher do sequestrado esteve na delegacia em Guayaquil, onde vivem, e a delegacia pediu que se parasse de publicar e de se falar sobre o tema nas redes sociais”, conta Nery.

“Os sequestradores parecem inábeis quando deram números de duas contas de bancos em Guayaquil na qual deveria ser depositado o pedido de resgate”, prossegue.

Na opinião do conselheiro, o silêncio sobre o assunto por parte da família acontece por respeito ao pedido das autoridades locais.

Perfil
Nascido em São Paulo, Thiago tem 38 anos e vive no Equador há três. Antes de se mudar para Guayaquil, ele morou em Quito, capital do país, por um ano. No Brasil, ele também residiu em Balneário Camboriú (SC).

Thiago é dono de uma churrascaria que funciona em um espaço gastronômico de Guayaquil. Nas redes sociais, o restaurante diz oferecer “o melhor do churrasco brasileiro”.

Equador
A onda de violência no Equador teve início depois de um dos líderes do grupo criminoso Los Choneros ter fugido de uma prisão em Guayaquil.

Na terça, um grupo de homens encapuzados e armados invadiu as instalações do canal TC Televisión, de Guayaquil. A invasão foi capturada pela transmissão ao vivo, que mostrou funcionários sendo obrigados a se deitarem no chão. Foi possível ouvir tiros e gritos.

Segundo o governo do Equador, mais de 130 agentes penitenciários e outros funcionários são mantidos como reféns por detentos, nesta quarta, em pelo menos cinco prisões do país.

 

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