Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
 
				Por Redação Rádio Caiçara | 30 de outubro de 2025
 
O senador Omar Aziz (PSD-AM) entregou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quinta-feira (30) seu relatório sobre a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República (PGR).
No documento, o parlamentar afirmou que o procurador tem experiência e vasto currículo para continuar na chefia do Ministério Público Federal.
“A atuação apartidária e técnica do senhor Paulo Gonet é, aliás, evidenciada pela própria pacificação interna do Ministério Público. Desde sua posse como PGR, já não se verificam divergências ou dissensões radicais com relação à gestão que se iniciou e aos trabalhos realizados”, disse Aziz.
Omar Aziz também disse que Paulo Gonet teve atuação técnica em centenas de ações penais, “inclusive em face dos principais responsáveis pelo ataque à democracia ocorrido no país”.
Paulo Gonet foi indicado para a PGR pela primeira vez em 2023, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No período, ele apresentou a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.
Cada mandato à frente da PGR é de 2 anos. Por isso, em agosto deste ano, Lula assinou a recondução de Gonet para o cargo.
Indicações para a PGR e para o Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, precisam ser analisadas e votadas pelo Senado.
De acordo com Omar Aziz, na próxima quarta-feira (5), ele fará a leitura do relatório entregue nesta quinta. No dia 12 de novembro, a CCJ deve sabatinar o escolhido de Lula e votar a indicação. No plenário do Senado, para uma indicação à PGR ser aprovada, são necessários pelo menos 41 votos favoráveis.
Recentemente, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou maioria para condenar Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) citou Gonet e disse que desta vez ele pode enfrentar dificuldades.
“Parabéns, Gonet. O seu troféu está aí, você foi indicado para recondução. Agora vai ter que esperar mais um pouquinho para poder ser aprovado no Senado Federal. Eu tenho vergonha. Eu imagino que seus alunos tenham vergonha de ter tido você como professor”, disse o filho mais velho do ex-presidente, que é membro suplente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado responsável por sabatinar e aprovar o nome do procurador-geral.
 
										