Terça-feira, 15 de outubro de 2024

Terça-feira, 15 de outubro de 2024

Voltar Semana do empreendedorismo feminino: mulheres são quase 50% dos MEIs da capital gaúcha

No último ano, mais de 400 mil mulheres abriram o seu próprio negócio no estado. Somente na capital gaúcha, quase metade dos microempreendedores individuais são do gênero feminino. Considerando a importância e a abrangência do tema, a Associação Comercial de Porto Alegre reuniu empresárias para compartilhar experiências e debater os desafios da profissão.

Realizado na semana do empreendedorismo feminino, na última terça-feira (21), o MenuPOA abordou o tema “Empreendorismo Feminino: Vencendo tabus e alcançando sonhos” com participação da CEO do Centro Popular de Compras POP Center, Elaine Deboni, a presidente da Associação do Comércio e Indústria da Restinga (ACIR), Aline Colombo e a advogada Lúcia Andrade. As convidadas compartilharam sobre suas trajetórias profissionais e pessoais, apresentando ao público os desafios que cada uma enfrentou e ainda enfrenta em suas atuais atividades.

A abertura do evento ficou à cargo da presidente da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), Suzana Vellinho Englert, que relembrou momentos históricos para os direitos das mulheres, como a conquista do direito ao voto e a mudança no Código Civil, quando as mulheres passaram a não precisar mais da autorização de seus maridos e pais para trabalharem.

Representando as mulheres que empreendem, a presidente do Conselho da Mulher Empreendedora da Federasul, Simone Leite, foi homenageada por sua representatividade e pelo trabalho desenvolvido à frente da instituição. “Essa homenagem dedico a todas as mulheres que aceitaram o desafio de empreender, de transformar vidas e impactam o seu entorno”, declarou Simone.

Em sua participação, Elaine Deboni contou que buscou alternativas para transformar a reputação do POP Center, antigamente conhecido como “camelódromo”. Segundo a empresária, uma das estratégias foi trabalhar com os filhos dos camelôs o comprometimento com o negócio da família. “Fiz um trabalho forte sobre pertencimento com os filhos dos camelôs. Eles precisavam estimular os pais a irem trabalhar, ter organização. Foi um trabalho de educação”, explicou Elaine.

A CEO compartilhou, ainda, que trabalhou outros pilares da vida pessoal e profissional dos filhos dos empreendedores, como autoestima e educação financeira, além de oferecer palestras e orientações da Receita Federal sobre como fazer o recebimento correto de uma mercadoria. Para o futuro, Elaine almeja que os profissionais sigam com seus negócios no POP Center e expandam, com filiais, nos shoppings.

Lembrando que se inseriu no bairro Restinga para a instação da empresa da família, a presidente da Associação do Comércio e Indústria da Restinga (ACIR), Aline Colombo, afirmou que são muitos os desafios diários. “Enfrentamos todos os tipos de desafios: social, econômico, intelectual. As pessoas muitas vezes não acreditam no meu potencial”, comentou.

“Falar de empreendedorismo femino é incentivar outras mulheres a se aventurarem nessa busca do autoconhecimento, da autodisciplina, do autodesenvolvimento e da sua liberdade financeira para serem, assim, capazes de decidir o seu próprio futuro”, ponderou Aline.

Para a advogada e coordenadora do NuME, Lúcia Andrade, o autoconhecimento permite superar as críticas. “Tu precisas ser verdadeira consigo mesma, se conhecer. O autoconhecimento é poderoso”, afirmou Lúcia. Para ela, a resiliência – por causa dos desafios diários – é uma característica muito forte do empreendedorismo feminino.

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No Ar: Bom Dia Caiçara