Domingo, 19 de maio de 2024

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Voltar Secretaria da Saúde de Porto Alegre alerta para riscos do consumo de água de fontes alternativas

Em um cenário de torneiras secas e desbastecimento de gêneros de primeira necessidade por causa das chuvas em excesso no Rio Grande do Sul, a água mineral foi um dos primeiros a sumir das prateleiras do comércio. Apelar a fontes alternativas do produto, entretanto, oferece riscos ao consumidor. O alerta é da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre alerta para o risco de

É o caso das vertentes naturais, que muitos acreditam – por desconhecimento – ser uma opção quase que “miraculosa”. O chefe da Equipe de Vigilância em Saúde Ambiental e Águas (EVSAA), Alex Lamas, explica que a água procedente de fonte pública é contraindicada como bebida, por não ser tratada e nem potável:

“Todas as fontes desse tipo na cidade são monitoradas mensalmente e sempre apresentam coliformes fecais ou a bactéria escherichia coli, presente no intestino humano e de outros animais. E a presença desses microrganismos está associada a diversas doenças infecciosas”.

Ainda de acordo com o especialista, a ingestão de água não potável pode sobrecarregar a rede pública (ou mesmo particular) de saúde, em um momento no qual postos, hospitais e demais estabelecimentos do setor estão com demanda intensa e outras dificuldades geradas pela pior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul.

Basta lembrar que um paciente com episódio de disenteria, por exemplo, não pode contar com atendimento no Hospital Mãe de Deus. A instituição permanece fechada desde o fim de semana, por conta dos alagamentos nos bairros Praia de Belas e Menino Deus.

Recomendações

– Não utilize água de fontes e vertentes, nem mesmo após fervê-la. A orientação é válida para humanos e animais de estimação.
– Empregue a água recolhida das fontes naturais em procedimentos de limpeza e higiene (como a descarga do vaso sanitário).
– Para beber, dê preferência ao produto engarrafado.
– Nas regiões em que o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) mantém o abastecimento, priorize a moderação, a fim de evitar desperdícios que podem contribuir para um cenário de torneiras secas.
– Tanto no meio rural quanto no urbano, desconfie de afirmações como a de que determinada vertente natural é dotada de “propriedades medicinais”.
– Não se deixe levar pelo visual cristalino da água oriunda desse tipo de fonte: a presença de microrganismos prejudiciais à saúde nem sempre está associada a um aspecto turvo ou terroso.
– Somente testes de laboratório são capazes de atestar a qualidade da água.

(Marcello Campos)

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No Ar: Bom Dia Caiçara