Quinta-feira, 01 de maio de 2025

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Voltar Nascem gemêas siamesas em Porto Alegre

Sofia e Milena nasceram em Porto Alegre na tarde de terça-feira (1º) e estão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital da Capital. A história das gêmeas siamesas ganhou repercussão nacional depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) negou à família a interrupção da gestação. Médicos acreditavam ser improvável a sobrevivência das bebês após o nascimento.
“Estamos na luta. Conversamos com o médico e é complicado. Foi um parto difícil, mas a minha esposa está bem. As minhas filhas, não”, conta o pai das gêmeas, Marciano da Silva Mendes.
A mãe das bebês, Lorisete dos Santos, permanece internada no Hospital Fêmina depois de passar por uma cesárea e ela está bem. Exatamente às 15h01, as meninas nasceram e logo foram levadas para a UTI, onde estão em tratamento.

“Duas pessoas em um corpo”Lorisete conta que o primeiro ultrassom da gestação, feito há cerca de 9 meses, apontava uma gravidez de gêmeos.
“Depois, no segundo ultrassom, apareceu que elas estavam coladas, que eram gêmeas siamesas”.
Os primeiros exames foram feitos em São Luiz Gonzaga, na Região Noroeste do estado, onde a família reside. Depois, Lorisete foi encaminhada para acompanhamento no Hospital Fêmina.
“Eu saí apavorada. Não sabia nem o que fazer, nem o que pensar. [No Fêmina] fizeram outro exame, e depois que analisaram bem nos chamaram, explicaram pra nós que as crianças estavam com problema, que estava tudo interligado, os órgãos, o coração, uma veia aorta ligando os corações. Cirurgia não tinha nem como pensar em fazer”, conta.Nas palavras do pai, Mendes, suas filhas “são duas pessoas em um corpo”.

Aborto negado
Lorisete procurou a Defensoria Pública de São Luiz Gonzaga em 8 de setembro, com 25 semanas de gestação. Ela estava em posse de laudos, tanto da rede pública municipal quanto do Hospital Fêmina, que davam conta da impossibilidade de vida “extra uterina” (fora do útero, da barriga da mãe) das gêmeas siamesas.
“Eles têm compartilhamento de órgãos vitais, e a medicina então não tinha o que fazer pra garantir a vida deles”, diz o defensor público que acompanha o caso, Andrey de Melo.

*com informações Portal G1

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