Sábado, 14 de dezembro de 2024

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Voltar Saiba quem são os profissionais que recebem até 1,7 milhão de reais para treinar a inteligência artificial

Todo mundo está falando sobre a inteligência artificial por trás do ChatGPT. Menos notado é um mercado de empregos crescendo rapidamente em torno da tecnologia, onde essas funções recém-criadas podem pagar mais de US$ 335 mil por ano (R$ 1,7 milhão). E, para muitos, um diploma de engenharia da computação é opcional.

Eles são chamados de “engenheiros de prompt”, ou “treinadores de IA”, pessoas que passam o dia guiando modelos de linguagem como o GPT a gerar respostas mais específicas e relevantes para determinados tipos de perguntas.

Trata-se a princípio de dar comandos, dos mais simples aos mais específicos, para se atingir um resultado desejado. Uma diversidade de habilidades e conhecimento é fundamental para esses novos “engenheiros”.

Mais de uma dúzia de sistemas da nova era da inteligência artificial generativa, chamados modelos de linguagem de grandes dimensões, ou LLMs, foram criados por empresas como a Alphabet, controladora do Google, OpenAI e Meta (dona do Facebook e do Instagram).

A tecnologia passou rapidamente de experimentos em laboratório para o uso prático dessas ferramentas, com empresas como Microsoft integrando o ChatGPT em seu motor de busca Bing e ferramenta e GitHub oferecendo seu motor de desenvolvimento de software aos usuários.

À medida que a tecnologia prolifera, muitas empresas descobrem que precisam de alguém para adicionar rigor aos seus resultados.

É como um ” sussurrador de IA”, diz Albert Phelps, engenheiro da Mudano, parceira da consultoria Accenture em Leytonstone, Inglaterra.

– Muitas vezes, você terá como “engenheiros de prompt” com formação em História, Filosofia, Línguas, porque se trata de organizar palavras e ideias. Você está tentando destilar a essência ou o significado de algo em um número limitado de palavras.

Aos 29 anos, Phelps estudou História na Universidade de Warwick, perto de Birmingham, Inglaterra, antes de iniciar sua carreira como consultor de bancos como Clydesdale Bank e Barclays, ajudando a resolver problemas relacionados a riscos e regulamentações.

Uma palestra no Alan Turing Institute, financiado pelo governo do Reino Unido para inteligência artificial, foi sua inspiração para pesquisar sobre IA.

Ele e seus colegas passam a maior parte do dia enviando instruções para ferramentas como o ChatGPT da OpenAI, que podem ser salvas como predefinições.

Um dia típico na vida de um “engenheiro de prompt” envolve lidar com cinco modelos de linguagem diferentes, com cerca de 50 interações com o ChatGPT, diz Phelps.

É muito cedo para saber o quão difundida a “engenharia de prompt” é ou se tornará. O paradigma surgiu em 2017, quando pesquisadores de IA criaram LLMs “pré-treinados”, que poderiam ser adaptados a uma ampla gama de tarefas com a adição de uma entrada de texto humano.

No ano passado, LLMs como o ChatGPT passaram estar disponíveis para milhões de usuários – e toda vez que alguém usa essas ferramentas acaba, na prática, fazendo algum tipo de “engenharia de prompt” sempre que faz um comando para a máquina.

Empresas como a Anthropic, uma startup apoiada pela Google, estão anunciando salários de até US$ 335 mil ao ano (R$ 1,7 milhão) para um cargo de “engenheiro de prompt e bibliotecário”, em São Francisco.

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No Ar: Caiçara Confidencial