Sábado, 27 de julho de 2024

Sábado, 27 de julho de 2024

Voltar Saiba o que foi decifrado graças à Pedra de Roseta; e mais três fatos sobre um dos objetos mais valiosos da história

“É uma pedra cinza, do tamanho de uma daquelas malas grandes com rodinhas que as pessoas levam para os aeroportos, e as bordas ásperas mostram que foi quebrada de uma pedra maior, com as fraturas cortando o texto que cobre um lado. E quando você lê esse texto, também é muito chato: é sobretudo jargão burocrático sobre concessões fiscais.”

Foi desta forma pouco atraente que o então diretor do British Museum, em Londres, Neil MacGregor descreveu a Pedra de Roseta em 2010 para um programa da BBC.

Ele acrescentou, no entanto, que esse “pedaço de granito monótono” era tema de histórias fascinantes, como a luta pela sobrevivência dos reis gregos que governaram o Egito depois de Alexandre, o Grande, assim como a disputa entre Inglaterra e França pelo Oriente Médio.

Mas há uma história que é a mais fascinante de todas – e que fez desta pedra um dos objetos mais valiosos do museu: a corrida para decifrar os hieróglifos egípcios, que completam 200 anos.

O que são hieróglifos?

Estes signos típicos da civilização egípcia, que originalmente representavam um objeto visualmente, mas depois desenvolveram para a forma de representar palavras, foram reproduzidos por milhares de anos, a partir de 3.000 a.C., em estátuas, túmulos e papiros.

Como foram decifrados?

Em 1798, as tropas napoleônicas invadem o Egito. Elas não estão sozinhas, estão acompanhadas por uma equipe de estudiosos, herdeiros dessa necessidade de compreender a antiga civilização egípcia.

Um ano depois, perto da cidade de el-Rashid (Rosetta), soldados franceses encontram uma pedra enquanto escavavam as fundações da extensão de um forte.

O que diz?

A disputa pelo Egito não começou no crepúsculo do século 18 entre ingleses e franceses.

Apesar de ter sido uma das civilizações mais poderosas da História Antiga, ou talvez justamente por isso, o território que abriga o Rio Nilo foi invadido por persas, gregos, romanos, bizantinos, árabes e turcos otomanos, antes de Londres e Paris ficarem de olho nele.

Quando a pedra foi inscrita em 196 a.C., no primeiro aniversário da coroação de Ptolomeu 5º, a dinastia ptolomaica havia governado o Egito por um século. O primeiro Ptolomeu foi um dos principais generais de Alexandre, o Grande, que invadiu o Egito e depois a Pérsia, antes de morrer na Babilônia em 323 a.C..

Voltar

Compartilhe esta notícia:

Deixe seu comentário

No Ar: Caiçara Confidencial