Sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 27 de julho de 2022
Forças Armadas de 37 países participarão, no mês que vem, de uma grande competição militar, organizada pela Rússia e que ocorrerá em 12 países. A competição, que acontece desde 2015, é a maior do tipo desde o início da guerra na Ucrânia, e vai reunir nações de quatro continentes, incluindo aliados dos EUA, como a Arábia Saudita.
Os chamados Jogos Internacionais do Exército acontecem desde 2015, e com frequência são mencionados como “As Olimpíadas da Guerra”. As competições incluem corridas de tanques e blindados, disputas entre departamentos de inteligência, simulações de combates aéreos e duelos entre atiradores de elite.
Nos anos anteriores, o evento reuniu dezenas de países, incluindo um membro da Otan, a Grécia — nações como França e os EUA acompanharam edições passadas como observadores. O Brasil enviou, em 2021, um grupo de paraquedistas para a competição.
Este ano, de acordo com o Ministério da Defesa russo, foram enviados convites para 100 países e territórios não reconhecidos internacionalmente — em 2020 e 2021, Abcázia e Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia, mandaram seus militares.
De acordo com o jornal South China Morning Post, a China, que participa desde a primeira edição, mandou um trem com tropas, tanques e blindados para o Extremo Oriente russo, onde serão realizadas algumas competições — Pequim também será anfitriã de pelo menos três eventos, como uma corrida de fragatas e jogos envolvendo veículos de infantaria.
China e Rússia vêm ampliando sua cooperação em vários campos, incluindo o militar, dentro do que os dois governos declararam ser uma “parceria sem limites”, e que tem entre seus objetivos se contrapor à presença dos EUA na Europa e ao avanço de Washington na Ásia. Nos últimos anos, manobras militares, incluindo em áreas do Nordeste da Ásia, acenderam sinais de alerta entre as potências ocidentais e seus aliados na região.
Talvez a maior novidade desta edição seja uma competição de atiradores de elite a ser realizada na Venezuela — é a primeira vez que um evento dos Jogos Internacionais do Exército russo ocorre no Hemisfério Ocidental. Nos últimos anos, com a deterioração das relações entre Caracas e Washington, a Rússia viu uma oportunidade de ampliar sua presença na América Latina, apesar dos protestos americanos.
Em 2018, a presença em solo venezuelano de dois bombardeiros russos Tu-160, que têm capacidade para realizar ataques nucleares, provocou protestos da Casa Branca. O então secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que a manobra era uma demonstração de “dois governos corruptos que estão desviando fundos públicos”. Moscou, como esperado, disse que os comentários eram “inapropriados”.
Em fevereiro, antes da guerra na Ucrânia, Moscou e Caracas discutiram a implementação de uma “poderosa cooperação militar”, e o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, chegou a sugerir que poderia posicionar tropas e equipamentos no país sul-americano caso as tensões com Washington se agravassem.
Outro destaque é a participação de Níger e Ruanda — antes mesmo do início da guerra na Ucrânia, a Rússia vem tentando marcar posição no continente africano, se aproveitando da dependência das exportações de alimentos russos e da demanda por equipamentos militares. Alguns dos melhores clientes da indústria de defesa russa estão na África, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, se encontra na região nesta semana, para fortalecer parcerias já existentes e fazer promessas futuras.
Também chama a atenção a presença de aliados dos EUA nas manobras: segundo o Ministério da Defesa russo, a Arábia Saudita fará sua estreia na competição este ano. No começo do mês, o presidente americano Joe Biden esteve no país, em uma viagem que tinha entre seus objetivos evitar que os sauditas estreitem suas relações com Moscou, mas parece ter chegado um pouco tarde.
Em junho, o ministro da Energia do reino, Abdulaziz bin Salman, afirmou, durante um fórum econômico em São Petersburgo, que os laços entre Rússia e Arábia Saudita estavam “quentes como o clima em Riad”. Na semana passada, Putin conversou por telefone com o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, onde destacou a cooperação próxima entre os dois países.
Outro país que confirmou presença neste ano é a Índia, que participa com EUA, Austrália e Japão do chamado Diálogo Quadrilateral de Segurança, o Quad, voltado a conter a China na Ásia. Nova Délhi, porém, mantém boas relações com Moscou, da qual passou a comprar mais petróleo depois que o produto foi sancionado por americanos e europeus depois da invasão da Ucrânia.
Por Redação Rádio Caiçara | 27 de julho de 2022
Forças Armadas de 37 países participarão, no mês que vem, de uma grande competição militar, organizada pela Rússia e que ocorrerá em 12 países. A competição, que acontece desde 2015, é a maior do tipo desde o início da guerra na Ucrânia, e vai reunir nações de quatro continentes, incluindo aliados dos EUA, como a Arábia Saudita.
Os chamados Jogos Internacionais do Exército acontecem desde 2015, e com frequência são mencionados como “As Olimpíadas da Guerra”. As competições incluem corridas de tanques e blindados, disputas entre departamentos de inteligência, simulações de combates aéreos e duelos entre atiradores de elite.
Nos anos anteriores, o evento reuniu dezenas de países, incluindo um membro da Otan, a Grécia — nações como França e os EUA acompanharam edições passadas como observadores. O Brasil enviou, em 2021, um grupo de paraquedistas para a competição.
Este ano, de acordo com o Ministério da Defesa russo, foram enviados convites para 100 países e territórios não reconhecidos internacionalmente — em 2020 e 2021, Abcázia e Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia, mandaram seus militares.
De acordo com o jornal South China Morning Post, a China, que participa desde a primeira edição, mandou um trem com tropas, tanques e blindados para o Extremo Oriente russo, onde serão realizadas algumas competições — Pequim também será anfitriã de pelo menos três eventos, como uma corrida de fragatas e jogos envolvendo veículos de infantaria.
China e Rússia vêm ampliando sua cooperação em vários campos, incluindo o militar, dentro do que os dois governos declararam ser uma “parceria sem limites”, e que tem entre seus objetivos se contrapor à presença dos EUA na Europa e ao avanço de Washington na Ásia. Nos últimos anos, manobras militares, incluindo em áreas do Nordeste da Ásia, acenderam sinais de alerta entre as potências ocidentais e seus aliados na região.
Talvez a maior novidade desta edição seja uma competição de atiradores de elite a ser realizada na Venezuela — é a primeira vez que um evento dos Jogos Internacionais do Exército russo ocorre no Hemisfério Ocidental. Nos últimos anos, com a deterioração das relações entre Caracas e Washington, a Rússia viu uma oportunidade de ampliar sua presença na América Latina, apesar dos protestos americanos.
Em 2018, a presença em solo venezuelano de dois bombardeiros russos Tu-160, que têm capacidade para realizar ataques nucleares, provocou protestos da Casa Branca. O então secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que a manobra era uma demonstração de “dois governos corruptos que estão desviando fundos públicos”. Moscou, como esperado, disse que os comentários eram “inapropriados”.
Em fevereiro, antes da guerra na Ucrânia, Moscou e Caracas discutiram a implementação de uma “poderosa cooperação militar”, e o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, chegou a sugerir que poderia posicionar tropas e equipamentos no país sul-americano caso as tensões com Washington se agravassem.
Outro destaque é a participação de Níger e Ruanda — antes mesmo do início da guerra na Ucrânia, a Rússia vem tentando marcar posição no continente africano, se aproveitando da dependência das exportações de alimentos russos e da demanda por equipamentos militares. Alguns dos melhores clientes da indústria de defesa russa estão na África, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, se encontra na região nesta semana, para fortalecer parcerias já existentes e fazer promessas futuras.
Também chama a atenção a presença de aliados dos EUA nas manobras: segundo o Ministério da Defesa russo, a Arábia Saudita fará sua estreia na competição este ano. No começo do mês, o presidente americano Joe Biden esteve no país, em uma viagem que tinha entre seus objetivos evitar que os sauditas estreitem suas relações com Moscou, mas parece ter chegado um pouco tarde.
Em junho, o ministro da Energia do reino, Abdulaziz bin Salman, afirmou, durante um fórum econômico em São Petersburgo, que os laços entre Rússia e Arábia Saudita estavam “quentes como o clima em Riad”. Na semana passada, Putin conversou por telefone com o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, onde destacou a cooperação próxima entre os dois países.
Outro país que confirmou presença neste ano é a Índia, que participa com EUA, Austrália e Japão do chamado Diálogo Quadrilateral de Segurança, o Quad, voltado a conter a China na Ásia. Nova Délhi, porém, mantém boas relações com Moscou, da qual passou a comprar mais petróleo depois que o produto foi sancionado por americanos e europeus depois da invasão da Ucrânia.
Por Redação Rádio Caiçara | 27 de julho de 2022
Forças Armadas de 37 países participarão, no mês que vem, de uma grande competição militar, organizada pela Rússia e que ocorrerá em 12 países. A competição, que acontece desde 2015, é a maior do tipo desde o início da guerra na Ucrânia, e vai reunir nações de quatro continentes, incluindo aliados dos EUA, como a Arábia Saudita.
Os chamados Jogos Internacionais do Exército acontecem desde 2015, e com frequência são mencionados como “As Olimpíadas da Guerra”. As competições incluem corridas de tanques e blindados, disputas entre departamentos de inteligência, simulações de combates aéreos e duelos entre atiradores de elite.
Nos anos anteriores, o evento reuniu dezenas de países, incluindo um membro da Otan, a Grécia — nações como França e os EUA acompanharam edições passadas como observadores. O Brasil enviou, em 2021, um grupo de paraquedistas para a competição.
Este ano, de acordo com o Ministério da Defesa russo, foram enviados convites para 100 países e territórios não reconhecidos internacionalmente — em 2020 e 2021, Abcázia e Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia, mandaram seus militares.
De acordo com o jornal South China Morning Post, a China, que participa desde a primeira edição, mandou um trem com tropas, tanques e blindados para o Extremo Oriente russo, onde serão realizadas algumas competições — Pequim também será anfitriã de pelo menos três eventos, como uma corrida de fragatas e jogos envolvendo veículos de infantaria.
China e Rússia vêm ampliando sua cooperação em vários campos, incluindo o militar, dentro do que os dois governos declararam ser uma “parceria sem limites”, e que tem entre seus objetivos se contrapor à presença dos EUA na Europa e ao avanço de Washington na Ásia. Nos últimos anos, manobras militares, incluindo em áreas do Nordeste da Ásia, acenderam sinais de alerta entre as potências ocidentais e seus aliados na região.
Talvez a maior novidade desta edição seja uma competição de atiradores de elite a ser realizada na Venezuela — é a primeira vez que um evento dos Jogos Internacionais do Exército russo ocorre no Hemisfério Ocidental. Nos últimos anos, com a deterioração das relações entre Caracas e Washington, a Rússia viu uma oportunidade de ampliar sua presença na América Latina, apesar dos protestos americanos.
Em 2018, a presença em solo venezuelano de dois bombardeiros russos Tu-160, que têm capacidade para realizar ataques nucleares, provocou protestos da Casa Branca. O então secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que a manobra era uma demonstração de “dois governos corruptos que estão desviando fundos públicos”. Moscou, como esperado, disse que os comentários eram “inapropriados”.
Em fevereiro, antes da guerra na Ucrânia, Moscou e Caracas discutiram a implementação de uma “poderosa cooperação militar”, e o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, chegou a sugerir que poderia posicionar tropas e equipamentos no país sul-americano caso as tensões com Washington se agravassem.
Outro destaque é a participação de Níger e Ruanda — antes mesmo do início da guerra na Ucrânia, a Rússia vem tentando marcar posição no continente africano, se aproveitando da dependência das exportações de alimentos russos e da demanda por equipamentos militares. Alguns dos melhores clientes da indústria de defesa russa estão na África, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, se encontra na região nesta semana, para fortalecer parcerias já existentes e fazer promessas futuras.
Também chama a atenção a presença de aliados dos EUA nas manobras: segundo o Ministério da Defesa russo, a Arábia Saudita fará sua estreia na competição este ano. No começo do mês, o presidente americano Joe Biden esteve no país, em uma viagem que tinha entre seus objetivos evitar que os sauditas estreitem suas relações com Moscou, mas parece ter chegado um pouco tarde.
Em junho, o ministro da Energia do reino, Abdulaziz bin Salman, afirmou, durante um fórum econômico em São Petersburgo, que os laços entre Rússia e Arábia Saudita estavam “quentes como o clima em Riad”. Na semana passada, Putin conversou por telefone com o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, onde destacou a cooperação próxima entre os dois países.
Outro país que confirmou presença neste ano é a Índia, que participa com EUA, Austrália e Japão do chamado Diálogo Quadrilateral de Segurança, o Quad, voltado a conter a China na Ásia. Nova Délhi, porém, mantém boas relações com Moscou, da qual passou a comprar mais petróleo depois que o produto foi sancionado por americanos e europeus depois da invasão da Ucrânia.
Por Redação Rádio Caiçara | 27 de julho de 2022
Forças Armadas de 37 países participarão, no mês que vem, de uma grande competição militar, organizada pela Rússia e que ocorrerá em 12 países. A competição, que acontece desde 2015, é a maior do tipo desde o início da guerra na Ucrânia, e vai reunir nações de quatro continentes, incluindo aliados dos EUA, como a Arábia Saudita.
Os chamados Jogos Internacionais do Exército acontecem desde 2015, e com frequência são mencionados como “As Olimpíadas da Guerra”. As competições incluem corridas de tanques e blindados, disputas entre departamentos de inteligência, simulações de combates aéreos e duelos entre atiradores de elite.
Nos anos anteriores, o evento reuniu dezenas de países, incluindo um membro da Otan, a Grécia — nações como França e os EUA acompanharam edições passadas como observadores. O Brasil enviou, em 2021, um grupo de paraquedistas para a competição.
Este ano, de acordo com o Ministério da Defesa russo, foram enviados convites para 100 países e territórios não reconhecidos internacionalmente — em 2020 e 2021, Abcázia e Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia, mandaram seus militares.
De acordo com o jornal South China Morning Post, a China, que participa desde a primeira edição, mandou um trem com tropas, tanques e blindados para o Extremo Oriente russo, onde serão realizadas algumas competições — Pequim também será anfitriã de pelo menos três eventos, como uma corrida de fragatas e jogos envolvendo veículos de infantaria.
China e Rússia vêm ampliando sua cooperação em vários campos, incluindo o militar, dentro do que os dois governos declararam ser uma “parceria sem limites”, e que tem entre seus objetivos se contrapor à presença dos EUA na Europa e ao avanço de Washington na Ásia. Nos últimos anos, manobras militares, incluindo em áreas do Nordeste da Ásia, acenderam sinais de alerta entre as potências ocidentais e seus aliados na região.
Talvez a maior novidade desta edição seja uma competição de atiradores de elite a ser realizada na Venezuela — é a primeira vez que um evento dos Jogos Internacionais do Exército russo ocorre no Hemisfério Ocidental. Nos últimos anos, com a deterioração das relações entre Caracas e Washington, a Rússia viu uma oportunidade de ampliar sua presença na América Latina, apesar dos protestos americanos.
Em 2018, a presença em solo venezuelano de dois bombardeiros russos Tu-160, que têm capacidade para realizar ataques nucleares, provocou protestos da Casa Branca. O então secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que a manobra era uma demonstração de “dois governos corruptos que estão desviando fundos públicos”. Moscou, como esperado, disse que os comentários eram “inapropriados”.
Em fevereiro, antes da guerra na Ucrânia, Moscou e Caracas discutiram a implementação de uma “poderosa cooperação militar”, e o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, chegou a sugerir que poderia posicionar tropas e equipamentos no país sul-americano caso as tensões com Washington se agravassem.
Outro destaque é a participação de Níger e Ruanda — antes mesmo do início da guerra na Ucrânia, a Rússia vem tentando marcar posição no continente africano, se aproveitando da dependência das exportações de alimentos russos e da demanda por equipamentos militares. Alguns dos melhores clientes da indústria de defesa russa estão na África, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, se encontra na região nesta semana, para fortalecer parcerias já existentes e fazer promessas futuras.
Também chama a atenção a presença de aliados dos EUA nas manobras: segundo o Ministério da Defesa russo, a Arábia Saudita fará sua estreia na competição este ano. No começo do mês, o presidente americano Joe Biden esteve no país, em uma viagem que tinha entre seus objetivos evitar que os sauditas estreitem suas relações com Moscou, mas parece ter chegado um pouco tarde.
Em junho, o ministro da Energia do reino, Abdulaziz bin Salman, afirmou, durante um fórum econômico em São Petersburgo, que os laços entre Rússia e Arábia Saudita estavam “quentes como o clima em Riad”. Na semana passada, Putin conversou por telefone com o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, onde destacou a cooperação próxima entre os dois países.
Outro país que confirmou presença neste ano é a Índia, que participa com EUA, Austrália e Japão do chamado Diálogo Quadrilateral de Segurança, o Quad, voltado a conter a China na Ásia. Nova Délhi, porém, mantém boas relações com Moscou, da qual passou a comprar mais petróleo depois que o produto foi sancionado por americanos e europeus depois da invasão da Ucrânia.
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