Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Voltar Rússia já mandou assassinos em série e até canibal para a guerra na Ucrânia

Nos seus esforços para recuperar os efetivos perdidos na invasão da Ucrânia, o governo de Vladimir Putin já libertou cerca de 3 mil detentos e os enviou ao front. Alguns deles são assassinos em série e há pelo menos um condenado por canibalismo lutando na ex-república soviética. A afirmação é da ativista Olga Romanova, especialista no sistema prisional russo e chefe da Russia Behind Bars (Rússia Atrás das Grades), entidade que monitora a situação de presidiários.

“O plano de Putin é recrutar pelo menos 50 mil condenados, e Prigozhin, que também é um ex-presidiário, já enviou mais de 3.000 presos para a Ucrânia, incluindo assassinos em série, ladrões e pelo menos um canibal”, disse Olga ao “The Daily Beast.”

Milícia mercenária

A ativista estava se referindo a Yevgeny Prigozhin, um oligarca e confidente próximo do presidente russo que é considerado o chefe do Grupo Wagner uma milícia mercenária que costuma ser descrito como o exército privado de Putin. Recentemente, circularam nas redes sociais imagens de Prigozhin em uma penitenciária russa oferecendo indulto a presidiários se eles lutarem na Ucrânia.

Como parte do seu trabalho, a Russia Behind Bars fornece ajuda legal e beneficente para a população carcerária de meio milhão da Rússia, e muitas vezes está em contato com as famílias dos presos. Olga relatou que funcionários começaram a ouvir relatos sobre recrutas prisionais sendo enviados para a Ucrânia em junho.

“Se em julho e agosto eles estavam vasculhando prisões na parte central da Rússia, ontem eles viajaram para os Urais, que tem mais de 35 campos de prisioneiros e prisões”, declarou ela.

Russia Behind Bars

Um dos presos enviados para combate foi reconhecido pelo pessoal da Russia Behind Bars em vídeo liberado pelas forças ucranianas. Espancado, ensanguentado e com as mãos amarradas, o homem disse que havia “ashniks” – recrutas civis livres – e “kashniks” – condenados russos – lutando na Ucrânia.

“Não somos um batalhão, somos apenas um bando de pessoas. O Wagner nos levou, nos mostrou o que fazer, mas você não pode aprender em uma semana”, afirmou o preso, segundo Olga, que disse ter sido condenado a nove anos de prisão antes de ser enviado para lutar na Ucrânia.

“Os personagens mais sombrios estão indo para a Ucrânia. Acabei de falar com a esposa de um assassino em série condenado em Kostroma. Ele deveria passar mais cinco anos atrás das grades, mas o Wagner o libertou. A esposa estava apavorada que ele pudesse voltar e atacá-la por pedir o divórcio”, completou.

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