Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 3 de setembro de 2023
A Rússia construiu uma barreira submarina com navios naufragados para impedir novos ataques à ponte sobre o Estreito de Kerch, que liga por terra o território russo à Península da Crimeia, informou o mais novo relatório de inteligência do Ministério da Defesa do Reino Unido sobre o conflito.
“Em 29 de agosto de 2023, as imagens confirmam que a Rússia criou uma barreira subaquática de navios submersos e barreiras de contenção para dissuadir ataques de veículos de superfície não tripulados (USV) contra a Ponte da Crimeia. Na parte sul da ponte, [a estrutura] inclui vários navios separados por 160 metros. Estes estão no mesmo local dos ataques USV ucranianos, em 17 de julho de 2023”, aponta brevemente o relatório.
A ponte de 19,2 km de extensão, apontada pela inteligência britânica como um “gargalo para o apoio logístico militar às forças russas nas áreas ocupadas” de Kherson e Zaporíjia, foi severamente danificada por ataques ucranianos nos últimos meses.
Construída a um custo equivalente a US$ 3,7 bilhões, a superestrutura tem na realidade duas pontes paralelas, uma com quatro pistas para carros e outra para uma ferrovia dupla, e precisou ser fechada após sofrer danos graves em bombardeios e atos de sabotagem.
Para preservar um de seus principais ativos logísticos, que também foi erguida como um símbolo de dominação da Crimeia após 2014, a Rússia também utiliza outras formas de “defesa passiva”, informaram as fontes britânicas.
Além das barreiras subaquáticas, Moscou também utiliza geradores de fumaça para reforçar ações defensivas. Medidas ativas, como sistemas de defesa aérea, também foram implantadas para aumentar a capacidade de sobrevivência da travessia e atenuar potenciais danos por ataques futuros.
Estratégia de 200 anos
Ação semelhante já aconteceu na história da Crimeia antes. Em 1854-55, dezenas de navios foram afundados para tornar a baía de Sebastopol inacessível à frota anglo-francesa e proteger Sebastopol. Sete fragatas obsoletas foram afundadas primeiro, seguidas por várias outras. O monumento aos navios naufragados é considerado o emblema da cidade portuária.
Para a história futura, lembraremos que os russos estão afundando balsas para proteger a ponte da Crimeia, como indica imagens de satélite publicadas.
No entanto, atualmente, também foi relatado que, segundo Kirill Budanov, afundar os navios não ajudará a impedir os ataques na ponte da Crimeia.
No Ar: Show Da Manhã