Terça-feira, 15 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 22 de novembro de 2023
A reunião onde o presidente Lula e alguns ministros tiveram nessa terça-feira (21) com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, teve como pano de fundo a cobrança do petista para que haja um fim nas divergências públicas entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da estatal.
Os combustíveis foram uma razões dos embates entre o presidente da Petrobras e os ministros de Minas e Energia, e da Casa Civil, Rui Costa, na reunião que durou mais de uma hora e meia e terminou inconclusiva. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou do encontro.
O mais recente ocorreu na última semana, quando Silveira afirmou em entrevista que “já está na hora de ‘puxarmos a orelha’ de novo da Petrobras”. Uma alusão a sua pressão para que haja queda do preço dos combustíveis, o que poderia ajudar a reduzir a inflação.
Irritado, o presidente da petroleira utilizou as redes sociais para dizer “não faz sentido agir por impulso ou açodamento” e escreveu que se o ministério de Minas e Energia quiser “orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente” , será necessário seguir tanto a Lei das Estatais e as regras do Estatuto Social da companhia.
O conflito só cresceu nos bastidores ao longo do final de semana. Silveira e Costa se articularam para encontrar nomes de possíveis substitutos ao presidente da Petrobras para oferecer a Lula, enquanto Prates tentou atrair o apoio dos conselheiros minoritários.
Os dois ministros também queriam que Prates aprovasse no conselho da companhia, que deverá ocorrer na próxima semana, investimentos firmes em fertilizantes e num projeto de produção de óleo e gás em Sergipe que, por enquanto, ainda estão no plano estratégico da empresa como algo ainda em estudo.
De acordo com relatos, o presidente Lula mais observou do que opinou durante as discussões em que os ministros pressionaram Prates a explicar por que não baixa os preços dos combustíveis, numa versão fechada e mais acalorada da discussão que já vem se dando em público há alguns dias. Nas contas da pasta de Minas e Energia, já seria possível reduzir em 10 centavos o preço da gasolina, 40 centavos no litro de diesel e 49 centavos no querosene de aviação.
Por outro lado, o ministro da Fazenda chegou a dizer na reunião que, no início de 2024, reivindicaria a indicação de um conselheiro para a empresa, desagradando o ministro de Minas e Energia, que hoje tem ascendência sobre três dos seis integrantes do conselho indicados pela União. Os outros cinco conselheiros da Petrobras representam os acionistas minoritários e os funcionários.
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