Sábado, 14 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 12 de outubro de 2022
A retirada de partes da fuselagem, painel de comando, motor e trem de pouso marcou o encerramento oficial das buscas a destroços submersos do monomotor que caiu, no fim da tarde do dia 3, em trecho do Guaíba nas imediações da Zona Sul de Porto Alegre. Em breve, um laudo deve apontar a causa da morte do piloto, cujo corpo apareceu quatro dias depois, boiando a 2 quilômetros do local do acidente.
Outras partes da aeronave de pequeno porte e pertences da vítima, Luiz Cláudio Albert Petry, já haviam sido resgatadas por equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBM-RS) na região entre os bairros Ipanema e Ponta Grossa. Participaram da operação a Polícia Civil, Brigada Militar (BM), Defesa Civil e Força Aérea Brasileira (FAB), em uma varredura aquática, terrestre e aérea.
Houve momentos em que os trabalhos para localizar Petry precisaram ser interrompidos, devido a aspectos como correnteza, turbidez e profundidade em alguns pontos do Guaíba, dificultando o rasteamento na área de buscas.
Na tarde de sexta-feira (7), quando finalmente o cadáver apareceu parcialmente submerso nas imediações de um sítio na Ponta Grossa, também havia documentos de Petry. Ele tinha 43 anos, era casado, pai de dois filhos e sócio de uma empresa de plásticos na capital gaúcha.
Conforme o Instituto-Geral de Perícias (IGP), o fato de o corpo estar em decomposição poderá exigir exames de impressões digitais, arcada dentária ou material genético para confirmar oficialmente a identidade da vítima. Também se poderá determinar, por exemplo, se o piloto
O acidente
Dados de monitoramento aéreo apontam que a queda ocorreu por volta das 17h50min do dia 3, uma segunda-feira, menos de 10 minutos após a decolagem de uma pista em Eldorado do Sul. A viagem, relativamente curta, tinha como destino o aeroclube de Belém Novo, em uma tarde de condições climáticas e visibilidade favoráveis.
Cogita-se a possibilidade de pane mecânica, embora ainda não se possa descartar a hipótese de mal-súbito do piloto, que havia adquirido meses antes o monomotor – modelo Wega 180 e que estava em situação regular. Um amigo que acompanhava as buscas relatou que Petry obteve o brevê há mais de 20 anos e costumava pilotar por motivos de trabalho ou lazer.
Essa mesma fonte detalhou que o voo que resultou em acidente era de passeio. Disse, ainda, que o empresário recentemente havia conduzido o pequeno avião até um hangar em Montenegro (Vale do Caí), sem ter relatado quaisquer problemas na ida ou na volta. As causas do acidente estão sob investigação da Aeronáutica.
(Marcello Campos)
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