Terça-feira, 15 de outubro de 2024

Terça-feira, 15 de outubro de 2024

Voltar Republicanos no Congresso dos Estados Unidos lançam campanha para destituir o presidente Joe Biden

Integrantes do Partido Republicano no Congresso dos Estados Unidos deram o primeiro passo para abrir uma possível investigação que leve a um processo de impeachment contra o presidente Joe Biden (democrata), uma demanda da ala trumpista.

Os legisladores responsabilizam o líder democrata pela “invasão” na fronteira entre Estados Unidos e México por causa de sua política migratória. A Constituição americana estabelece que o Congresso pode acusar o presidente de “traição, corrupção ou outros delitos e faltas graves”.

Biden “colocou em perigo a segurança dos Estados Unidos e a saúde do povo americano”, argumenta nos artigos de acusação a congressista republicana do Colorado Lauren Boebert, que considera que isso é razão suficiente para destitui-lo.

No entanto, um processo formal de impeachment é pouco provável neste momento por falta de apoio político.

Parte da oposição republicana se recusa a entrar nesse terreno, pois teme que o procedimento se transforme em um exercício puramente partidário.

Ao invés de votarem diretamente sobre a abertura de um processo de impeachment, os republicanos na Câmara preferiram ter uma votação preliminar no comitê, o que frustrou a iniciativa da ala trumpista.

Os democratas são contrários à investigação que pode levar à abertura de um processo de impeachment.

Nunca na história dos Estados Unidos um presidente foi destituído. Três passaram por processos de impeachment: Andrew Johnson em 1868, Bill Clinton em 1998 e Donald Trump em 2019 e 2021. Porém, no final, todos acabaram absolvidos.

Para evitar um procedimento similar no Congresso, Richard Nixon preferiu renunciar em 1974, depois que veio à tona o escândalo de Watergate.

Obama

As instituições democráticas nos Estados Unidos e em todo o mundo ficaram “rangentes”, alertou o ex-presidente Barack Obama em uma entrevista exclusiva à CNN na última quinta-feira (22). Em sua opinião, continua sendo responsabilidade dos líderes norte-americanos encontrar maneiras de sustentá-las no futuro.

Ele disse à âncora da CNN Christiane Amanpour que a acusação contra Donald Trump é uma evidência de que o Estado de Direito ainda reina, por enquanto, nos EUA.

Segundo Obama, o esforço ocidental para garantir a soberania da Ucrânia é vital para a proteção de longo prazo da democracia.

Entretanto, o ex-presidente afirmou que ainda há sinais de que as normas democráticas estão sendo corroídas. Ele alerta que as desigualdades econômicas e sociais só dificultariam sustentar democracias saudáveis ​​no futuro.

“Acredito que a democracia vencerá se lutarmos por ela”, expõe Obama durante a entrevista em Atenas, onde está discutindo questões de democracia. “Nossas instituições democráticas existentes são frágeis e teremos que reformá-las”, prosseguiu.

Durante o programa “Obama & Amanpour: A democracia vencerá?”, o ex-líder norte-americano ofereceu uma visão ampla das questões democráticas e políticas globais – incluindo a acusação de Trump no início deste mês.

“É menos do que ideal”, citou Obama sobre Trump. “Mas o fato de termos um ex-presidente que está tendo que responder às acusações apresentadas pelos promotores confirma a noção básica de que ninguém está acima da lei e as alegações agora serão resolvidas por meio de um processo judicial”, completou.

Ele disse que mais preocupante do que as próprias ações de Trump é um esforço mais amplo para “silenciar os críticos por meio de mudanças no processo legislativo” ou “intimidar a imprensa”. Em suas opinião, esses esforços são “agora mais proeminentes no Partido Republicano, mas não acho que seja algo exclusivo de um partido”.

“Tendo sido presidente dos Estados Unidos, você precisa de um presidente que leve o juramento de posse a sério”, declarou. “Você precisa de um presidente que acredite não apenas na letra, mas no espírito da democracia.”

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