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Por Redação Rádio Caiçara | 27 de julho de 2022
Considerado a maior pedra preciosa descoberta nos últimos 300 anos, um diamante rosa puro foi encontrado no interior da Angola, por mineiros. Nesta quarta-feira (27), a empresa australiana Lucapa Diamond Company, a operadora da mina, fez o anúncio oficial.
A empresa afirmou que o diamante de 170 quilates é um dos mais raros do mundo. Stephen Wetherall, CEO da companhia, disse que “apenas um em cada 10.000 diamantes é todo coberto pela cor rosa. Então certamente estamos olhando para um artigo muito raro quando encontramos um diamante rosa muito grande”.
O valor da pedra ainda não foi estimado, mas a expectativa é de que seja alto, pela raridade e pelo tamanho do diamante. A empresa também não informou quanto os mineiros angolanos receberam pela peça.
Peça rara
O diamante será leiloado pela companhia estatal de Angola, responsável pela administração do mercado de diamantes, comuns no país. As minas da Angola estão entre as 10 maiores produtoras do tipo de pedra preciosa no mundo.
A peça de cor rosa não está entre os maiores diamantes já encontrados no mundo, apesar da raridade e do tamanho. Um diamante encontrado em 1905, na África do Sul tinha mais de 3.100 quilates, sendo um marco histórico.
Contrabando
Um terço dos diamantes extraídos em países africanos é desviado para contrabando. O presidente do Conselho Africano de Diamantes (CAD), M’Zée Fula Ngenge, informa que entre 24% a 28% da produção de diamantes circula por meio de fluxos financeiros ilícitos. Mas, para o responsável do CAD, “o mais grave é que mais de 92% dos diamantes brutos confiscados em solo estrangeiro nunca são devolvidos aos seus países africanos de origem”, uma prática que reforça o argumento segundo o qual “o contrabando é encorajado por países que albergam grandes centros diamantíferos”, denuncia.
Zimbabué, Serra Leoa, República Democrática do Congo, República Centro-Africana e Angola são os países onde se regista a maior parte das atividades de contrabando de diamantes, denuncia Ngenge. Segundo dados apresentados pelo Conselho Africano de Diamantes, uma parte considerável de bens extraídos ilegalmente da República Democrática do Congo e de Angola, bem como uma quantidade incalculável proveniente do Zimbabué, Serra Leoa, Libéria e Guiné, têm surgido, de forma recorrente, nos principais centros diamantíferos de Ramat Gan (Israel), Dubai (Emirados Árabes Unidos), Surat (Índia) e Antuérpia (Bélgica) há bastante tempo.
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