Domingo, 13 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 23 de novembro de 2023
O Ministério Público de Barcelona, na Espanha, requereu nesta quinta-feira (23) uma pena de nove anos de prisão para o ex-jogador da Seleção Brasileira Daniel Alves.
Ele é acusado de ter cometido estupro contra uma mulher em uma boate em Barcelona, em dezembro de 2022. Embora o brasileiro negue as acusações, encontra-se detido preventivamente desde janeiro deste ano e aguarda julgamento.
A Audiência Nacional de Barcelona, a mais alta corte da cidade, informou que a data de início do julgamento ainda não foi estabelecida. Daniel Alves enfrentará julgamento por agressão sexual. A legislação espanhola não possui uma tipificação específica para estupro, mas inclui esse crime nos casos de agressão sexual, nos quais o réu pode receber uma pena de até 15 anos de prisão, se condenado.
No início de outubro, o advogado que anteriormente assumira a defesa de Alves, o criminalista espanhol Cristóbal Martell, renunciou, alegando considerar o caso como perdido. Embora negue a acusação, Daniel Alves forneceu quatro versões distintas sobre o incidente em depoimentos prestados à polícia e à Justiça locais.
Réu
Após seis meses de prisão preventiva, Daniel Alves foi oficialmente acusado em julho e tornou-se réu no caso. Seu então advogado, Cristóbal Martell, afirmou que não pretendia apelar para acelerar o processo. Conforme a lei, a defesa tem o direito de recorrer da conclusão das investigações realizadas pela Justiça espanhola antes de levar casos a julgamento.
Todas as estratégias anteriores dos advogados para libertar o jogador da prisão foram infrutíferas. Eles apresentaram uma série de recursos na tentativa de assegurar que o brasileiro não fugiria para o Brasil, no entanto, a juíza do caso não se convenceu e manteve a prisão.
Em uma tentativa de responder ao processo em liberdade, Alves chegou a levar os filhos e a ex-mulher para Barcelona, argumentando que sua família passaria a viver na cidade, eliminando assim o risco de fuga. Nas conclusões da investigação prévia ao julgamento, a juíza encarregada do caso afirmou que as múltiplas contradições apresentadas por Alves constituem “indícios racionais suficientes” de suspeitas.
Prisão preventiva
Desde janeiro, quando prestou depoimento à polícia pela segunda vez e contradisse sua versão, Daniel Alves encontra-se em prisão preventiva, alegando risco de fuga. Sem direito a fiança, permanecerá no mesmo presídio nos arredores de Barcelona aguardando o julgamento.
A juíza determinou que Daniel Alves deverá pagar 150 mil euros (cerca de R$ 784 mil) à suposta vítima para cobrir eventuais danos e prejuízos. O valor já foi depositado pela defesa em outubro.
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