Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

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Voltar Processos, assédio sexual e racismo: coroação de rei Charles III ocorre em meio a polêmicas envolvendo a família real

Mais de 2 mil pessoas comparecerão à coroação do rei Charles III e da rainha Camilla, do Reino Unido, que acontece neste sábado (6). O que chama atenção, no entanto, é a presença do príncipe Andrew, irmão de Charles, e do príncipe Harry, filho do monarca — e a ausência de Meghan Markle, esposa de Harry, e dos filhos do casal.

As três personalidades, hoje afastadas de suas funções reais, estão envolvidas em diferentes polêmicas recentes envolvendo a realeza britânica que dividiram a opinião pública. Relembre as controvérsias abaixo:

Andrew acusado de assédio sexual

Com 63 anos, príncipe Andrew, o duque de York, é o terceiro filho da falecida rainha Elizabeth II. Ele perdeu seu título honorífico da realeza em 2022 após ser processado por abusar sexualmente de uma menor de idade por meio de uma rede de tráfico sexual.

Andrew teria entrado em contato com a jovem graças a um esquema liderado por Jeffrey Epstein, de quem o príncipe era muito amigo. Epstein foi condenado por crimes sexuais em 2008 e morreu em uma cela da prisão de Nova York em 2019 enquanto aguardava julgamento por um segundo conjunto de acusações. O príncipe nega as acusações.

O caso foi encerrado no ano passado, antes de ir a julgamento, por conta de um acordo feito entre as partes. Embora os termos não tenham sido divulgados, o jornal “The Sun” informou que Charles e a falecida rainha pagaram a maior parte do acordo estimado em £ 7 milhões de libras (R$ 44 milhões).

Meghan denuncia racismo na família real

Em 2020, Meghan e o marido, Harry, anunciaram que se afastariam dos deveres da realeza britânica e, menos de um ano depois, deixaram oficialmente as ocupações e se mudaram para os Estados Unidos. O rompimento ocorreu depois de uma série de desentendimentos entre a Casa de Windsor.

Um dos principais desdobramentos do caso foi a entrevista concedida pelo casal à apresentadora Oprah Winfrey, em 2021. Na conversa, Meghan, que é negra, revelou que um integrante da família real teria manifestado “preocupação” sobre o “quão escura” seria a pele de Archie, seu primeiro filho com Harry.

O casal também denunciou o racismo sofrido por Meghan em outras ocasiões. Em um documentário lançado no ano passado na Netflix, os dois apontaram tendências preconceituosas na forma como a mídia britânica retrata a esposa de Harry.

Além disso, o príncipe já demostrou diversas vezes sua insatisfação com a isenção da realeza quanto aos episódios de racismo. Na série documental, ele afirmou que a família real precisava “aprender e crescer” para que pudesse ser “parte da solução e não parte do problema”.

Harry processa a mídia britânica

Para Harry, a combinação de sua família com a imprensa do Reino Unido não tende a ter resultados muito positivos. Em “O que sobra”, seu livro de memórias lançado em janeiro de 2023, o príncipe relata episódios problemáticos envolvendo a mídia que datam de sua infância, quando sua mãe, princesa Diana, ainda era viva.

Um exemplo disso, como relata o príncipe na obra, é o fato de que outros integrantes da realeza vazaram histórias nada lisonjeiras sobre ele para os tabloides. O intuito, de acordo com Harry, é garantir uma cobertura mais favorável – principalmente para Camilla e para William, seu irmão.

Além disso, desde 2019, Harry e a esposa entraram com pelo menos sete ações judiciais contra organizações de mídia britânicas e norte-americanas para responsabilizá-las pelo que alegam ser violações de privacidade, práticas ilegais e publicação de histórias falsas sobre sua família.

Uma das ações foi movida pelo príncipe em conjunto com outras figuras importantes, como Elton John, e está sendo julgada nas últimas semanas. O grupo acusa o editor do jornal “Daily Mail” de violações de privacidade, como a implantação de escutas telefônicas.

Durante uma audiência em um caso semelhante em abril, Harry disse em documentos judiciais que o Palácio de Buckingham, com a aprovação da rainha, tinha um acordo com alguns jornais para resolver as acusações sem processos judiciais. O príncipe afirmou que foi instruído por funcionários da Casa de Windsor a desistir do litígio porque seu pai queria agradar a imprensa.

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