Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Voltar Primeira-dama Michelle Bolsonaro é escalada para rodar o País em campanha para reeleger o marido

Depois de muito insistir, a coordenação de campanha de Jair Bolsonaro finalmente convenceu o presidente da República a permitir que a primeira-dama, Michelle, participe de forma mais ativa do esforço em busca da reeleição.

Aos compromissos ligados à posição de primeira-dama, Michelle vai acrescentar à agenda eventos do governo relacionados às mulheres.

A primeira etapa da nova estratégia será colocar Michelle para viajar pelo Brasil, especialmente pelas regiões Norte e Nordeste, e acompanhando a divulgação de um programa de empreendedorismo para mulheres comandado pela secretária de Produtividade e Competitividade da equipe de Paulo Guedes, Daniella Marques.

Chamado de “Brasil para elas”, o programa dará crédito e capacitação a microempreendedoras, focando sobretudo as mulheres que hoje são atendidas por programas assistenciais do governo, como o Auxílio Brasil.

Michelle é considerada pelo grupo um ativo eleitoral valioso, especialmente porque Bolsonaro tem grande rejeição no eleitorado feminino.

Pesquisas qualitativas feitas pelo PL mostraram que a primeira-dama pode ajudar a suavizar a imagem de Bolsonaro frente às mulheres e, na expressão dos próprios bolsonaristas, mostrar que ele não é “o monstro que se pinta por aí”.

No entorno de Bolsonaro, Michelle também é vista como uma pessoa capaz de se conectar com “a mulher real” das regiões mais carentes e distantes do país, que são ao mesmo tempo o eleitorado que Bolsonaro precisa conquistar e o público-alvo do programa.

A última pesquisa Datafolha indica que diminuir a resistência a Bolsonaro entre as mulheres não é tarefa trivial.

Divulgado na semana passada, o levantamento apurou que Lula vence com ampla vantagem entre as mulheres, com 46% das intenções de voto contra 21% de Bolsonaro. Entre os homens, o cenário é bem diferente. O petista marca 40% e Bolsonaro, 31%.

Essa diferença preocupa muito a coordenação de campanha do presidente, que sempre resistiu a que Michelle aparecesse mais publicamente pelo governo.

As explicações para essa atitude variam conforme o interlocutor. Alguns dizem que Bolsonaro é muito ciumento e não se sente confortável em dar protagonismo à primeira-dama. Outros, que ele não quer “forçar a barra” impondo a presença de Michelle nos eventos.

Seja como for, a resistência está sendo vencida. Um exemplo, segundo aliados próximos de Bolsonaro, foi a participação de Michelle no evento de lançamento da candidatura, no domingo (27) em Brasília (DF).

Diferente do que costumava fazer nesses eventos políticos, Michelle ficou em posição de destaque no palco e discursou brevemente.

Michelle também representou Bolsonaro no evento de filiação dos ministros Tarcísio de Freitas e Damares Alves ao Republicanos, na segunda-feira (28).

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