Domingo, 13 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 1 de outubro de 2023
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um projeto de lei provisório para evitar a paralisação do governo do país. A medida acontece poucos momentos antes do prazo para que o financiamento para órgãos federais acabasse.
“Acabei de assinar uma lei para manter o governo aberto [funcional] durante 47 dias. Há muito tempo para aprovar projetos de lei de financiamento do governo para o próximo ano fiscal, e peço veementemente ao Congresso que comece a trabalhar imediatamente”, disse Biden em uma postagem no X (anteriormente conhecido como Twitter).
“O povo americano espera que o seu governo funcione. Vamos garantir que isso aconteça”, complementou. Na publicação também há uma foto do momento em que assinou o projeto.
O Senado aprovou a medida no sábado (30) à noite, depois que a Câmara aprovou, no início do dia, um projeto de lei bipartidário para estender o financiamento do governo, após dias de incerteza sobre se conseguiriam chegar a um acordo para evitar a paralisação.
A medida manterá o governo funcionando até 17 de novembro, e inclui financiamento para desastres naturais, mas não para a Ucrânia ou para a segurança das fronteiras, por exemplo. O projeto também inclui uma medida para manter operacional a Administração Federal de Aviação.
Senado aprova resolução para evitar paralisação
O presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, anunciou a medida provisória na manhã de sábado, após semanas de brigas internas entre os republicanos da Casa e um esforço fracassado para aprovar um projeto provisório do Partido Republicano na Câmara. Lá, o projeto foi aprovado com uma votação esmagadoramente bipartidária.
A decisão de McCarthy de apresentar um projeto de lei que ganharia o apoio dos democratas pode colocar em risco seu cargo de porta-voz dos republicanos na Casa, já que os conservadores de linha dura continuam a ameaçar abrir uma votação para destituí-lo do cargo de liderança da Câmara.
McCarthy foi incisivo após a votação, desafiando os colegas de partido a tentar expulsá-lo, enquanto argumentava que fez o que era necessário para governar com eficácia. “Se alguém quiser apresentar uma moção contra mim, apresente-a”, disse McCarthy a Manu Raju, da CNN, em entrevista coletiva.
“Tem que haver um adulto na sala. Vou governar com o que for melhor para este país”, advertiu. McCarthy sofreu uma forte derrota na sexta-feira (29), quando a Câmara não conseguiu avançar com um último projeto de lei provisório do Partido Republicano.
O fato aumentou a pressão sobre ele para decidir se tentaria trabalhar com os democratas para manter o governo funcionando, mesmo que corresse o risco de uma reação dos conservadores.
Ação e reação
Espera-se que a linha dura acabe propiciando uma votação para remover Kevin McCarthy do cargo de presidente da Câmara, mas isso não deve ocorrer imediatamente, de acordo com um legislador republicano.
A Câmara está em recesso até segunda-feira (02), por isso é o mais cedo que isso pode acontecer. Assim, a liderança teria dois dias para agendar a votação.
A votação para aprovar o projeto de lei na Câmara ocorreu depois de algumas horas caóticas, quando os republicanos se reuniram durante a manhã de sábado, em dúvida entre as opções sobre como proceder.
Integrantes do partido pressionaram para apresentar uma resolução de curto prazo para manter o financiamento do governo no plenário da Câmara para votação no sábado.
O Senado vinha trabalhando para promover seu próprio projeto provisório bipartidário e estava no caminho para realizar uma votação processual na tarde de sábado. Porém, isso foi suspenso depois que a Câmara agiu rapidamente para aprovar a extensão do financiamento no curto prazo – e os senadores se uniram em torno do projeto de lei aprovado pela outra Casa.
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