Sábado, 27 de julho de 2024

Sábado, 27 de julho de 2024

Voltar Presidente da Confederação Brasileira de Futebol é destituído do cargo

Um dia após entregar as medalhas ao Palmeiras, campeão do Brasileirão 2023, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, foi retirado do cargo a mando do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A Justiça ordenou que a CBF convoque novas eleições em um prazo de 30 dias. Comanda interinamente a entidade pelo período o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz de Jesus.

Rodrigues vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília. A cúpula da CBF enviou a algumas federações estaduais cartas recebidas da Fifa e da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) que alertam que pelos regulamentos dessas entidades é proibida intervenção fora do âmbito desportivo, que pode gerar sanções como suspensão da CBF.

O processo existe desde 2018, por iniciativa do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), ainda referente à eleição de Rogério Caboclo, antecessor de Ednaldo no comando da entidade máxima do futebol. O MP questiona o estatuto da confederação por estar em desacordo com a Lei Pelé porque prevê pesos diferentes para clubes nas votações para escolha dos presidentes. Os dirigentes das 27 federações tinha peso 3 na votação, contra peso 2 dos 20 clubes da Série A e peso 1 dos 20 da B.

A Justiça anulou em 2021 a eleição de Rogério Caboclo e determinou uma intervenção na CBF, nomeando Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), como os interventores. Essa decisão foi cassada pouco tempo depois.

A CBF e o Ministério Público fizeram um acordo extrajudicial e assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A partir disto, o estatuto mudou e os pesos nos votos dos times das séries A e B ficou igual. Na nova eleição, em 2022, Ednaldo Rodrigues, que estava como presidente interino, foi eleito para um mandato completo de quatro anos, a partir deste ano.

Gustavo Feijó, que era vice na época de Caboclo, acionou a 2ª instância. O pedido era que o TAC fosse anulado, e Ednaldo afastado, alegando que o juiz de 1ª instância não tinha atribuição para homologar o TAC. Foi isso que foi acatado nesta quinta-feira pelo TJ-RJ.

 

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