Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Voltar Presidente da Câmara dos Deputados ironiza ministério de Marina Silva: “Não sei se ajuda ou se atrapalha”

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ironizou a posição do Ministério do Meio Ambiente e de Mudanças Climáticas, comandado por Marina Silva, durante uma votação no plenário, na noite da última quarta-feira (30).

Os parlamentares votavam um projeto que permite a criação de usinas de energia eólica em alto mar, parte de uma agenda para promover a “energia limpa” no país. No entanto, foi incluído um trecho que concede benefícios a usinas termelétricas, movidas a carvão, que são bem mais poluentes.

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), contrário à medida, foi ao microfone para citar a posição contrária ao item divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente. Porém, Lira intercedeu. “Não sei se ajuda ou atrapalha, deputado, com todo respeito”, disse.

A fala provocou alguns risos no plenário, sobretudo de deputados da oposição. Em seguida, o parlamentar do PSOL respondeu: “se a posição do Ministério do Meio Ambiente não interessa em nada os parlamentares que estão aqui presentes, só tenho a lamentar.”

O projeto acabou aprovado por ampla maioria. O trecho criticado pela pasta de Marina Silva prevê que usinas movidas a carvão, localizadas no Sul do país, terão o fim do contrato postergado de 31 de dezembro de 2022 para o final de 2050.

Influente

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi eleita uma das 25 mulheres mais influentes de 2023 pelo jornal britânico “Financial Times”. Única brasileira da lista, ela aparece ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de cientistas, esportistas, escritoras, executivas e de celebridades como a atriz Margot Robbie, que interpretou Barbie no cinema, e a cantora Beyoncé.

O texto de apresentação de Marina é assinado por Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile. A brasileira é descrita como alguém que dedica a vida para proteger a floresta amazônica.

Bachelet escreve que Marina cresceu numa pequena comunidade de seringueiros, no coração da Amazônia, e “testemunhou, em primeira mão, a devastação e o desmatamento da floresta”. Ela também destaca a trajetória profissional da brasileira, que foi a primeira pessoa de sua região a ser eleita para o Senado Federal. “Construiu apoio para o desenvolvimento sustentável”, diz o texto.

A apresentação de Marina Silva também menciona que ela foi nomeada ministra do Meio Ambiente pela primeira vez em 2003. “Sob a sua liderança, o desmatamento diminuiu 59% entre 2004 e 2007”, consta na publicação. Marina foi nomeada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no seu primeiro ano como presidente da República, e permaneceu no cargo até 2008.

Neste ano de 2023, quando Lula assumiu a presidência pela terceira vez, Marina Silva voltou ao posto. E, segundo Bachelet, “continua a liderar esforços para restaurar o ecossistema conhecido como pulmão do mundo.”

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