Voltar Presidente da Câmara dos Deputados dá bronca em deputados que ofenderam o presidente da República no Congresso

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu uma bronca na oposição por ofender o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demais autoridades durante a promulgação da Reforma Tributária.

Lula foi chamado de “cachaceiro” e “ladrão” pela oposição no plenário da Câmara, onde estavam reunidos deputados e senadores. Os gritos foram seguidos de de cantos da base governistas, que saudou o petista e gritou: “Lula, guerreiro do povo brasileiro”.

“O que eu pediria nesta Casa é para o que aconteceu, aconteceu, e nós terminarmos essa sessão com o maior nível de respeito possível a todas as autoridades constituídas.”

Lira disse que o dia foi histórico e essas manifestações deveria ser guardadas para as sessões normais do plenário.

O pedido de Lira não foi atendido. Deputados da oposição seguiram vaiando os membros do governo. E os deputados da base responderam com gritos de apoio a Lula.

Reforma

Durante a sessão dessa quarta, Lira disse que o sistema de tributos sobre o consumo que o País tinha até hoje era prejudicial ao ambiente de negócios.

“Foram 40 anos de espera que transformaram nosso sistema tributário num manicômio fiscal. A cada novo governo, a cada nova legislatura, o tema vinha à tona e naufragava em interesses diversos. A prioridade não era o País”, afirmou.

Lira fez questão de afirmar que a Câmara desenvolveu a Reforma Tributária, que começou a tramitar na Casa e foi promulgada hoje em sessão solene do Congresso Nacional após a votação final, também pelos deputados, na semana passada. A cerimônia contou com a presença presença dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Também compareceu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“É a primeira ampla mudança do sistema tributário nacional feita num regime democrático. Aqui, todas as correntes políticas, todas a linhas de pensamento puderem expor suas ideias, propostas e objetivos.”

Lira afirmou que a reforma a Reforma Tributária não nasceu de um ato autoritário de um Poder ou da vontade de um governo, e sim da negociação política.