Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 10 de março de 2023
O preço médio do litro da gasolina nos postos do País subiu na última semana, mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta sexta-feira (10). A pesquisa é referente à semana de 5 a 11 de março. Com o preço médio a R$ 5,57, esse é o maior registrado desde a semana entre os dias 7 e 13 de agosto de 2022. Na época, o valor do litro era de R$ 5,50.
O aumento reflete a reoneração dos impostos federais anunciados pelo governo para a gasolina. O repasse acumulado desde a semana anterior ao retorno da taxa já soma R$ 0,49 por litro. Para se ter ideia, o mercado esperava que o valor do litro do combustível aumentasse R$ 0,26 após a volta dos impostos.
O maior valor encontrado do litro da gasolina no Brasil nesta semana, de acordo com a ANP, foi de R$ 7,19, em São Paulo. Já o valor mínimo achado, no município de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, foi de R$ 4,58. Outro combustível que também registrou alta foi o etanol. O valor médio do litro subiu de R$ 3,88 para R$ 3,96. Por outro lado, o preço médio do diesel, que não teve mudança na carga tributária, caiu de R$ 5,93 para R$ 5,91.
O anúncio da volta de impostos que estavam zerados para a gasolina e etanol foi feito à reboque do fim de uma medida provisória que, desde o ano passado, mantinha zerada a alíquota de PIS, Confins e Cide para os combustíveis. A desoneração de impostos sobre os combustíveis foi uma estratégia usada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para conter a alta de preços, juntamente com o teto do ICMS para combustíveis, telecomunicações, energia e transportes. Estas medidas contribuíram para controlar a inflação brasileira em 2022. Ainda assim, ela ficou fora do teto da meta.
Perspectiva
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho. Ela só será mantida no segundo semestre caso o Congresso decida converter a medida provisória em lei.
Na ocasião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os impactos nas bombas seriam menores, já que a Petrobras havia anunciado a redução nos preços de gasolina e diesel para as distribuidoras.
“Estamos com um objetivo claro, que é recompor o orçamento público”, afirmou o ministro.
Ainda segundo Haddad, com a redução da gasolina em R$ 0,13 o litro pela Petrobras, o impacto final a ser sentido pelo consumidor seria de R$ 0,34 para a gasolina.
No Ar: Clube do Ouvinte