Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024

Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024

Voltar Porto Alegre reforça importância da testagem e tratamento das hepatites virais

A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) aproveita o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, lembrado nesta quinta-feira (28), para reforçar a importância da testagem e o vínculo de grupos prioritários ao tratamento. Com 47,2 casos de hepatite C por 100 mil habitantes em 2020, Porto Alegre é a Capital do País com maior incidência da doença, segundo dados do Ministério da Saúde.

O exame é rápido, gratuito e seguro. Quanto antes for realizado o diagnóstico, maiores serão as chances de tratamento. Na Capital, a população tem acesso aos testes de segunda a sexta-feira, em 132 unidades de saúde e no Serviço de Atendimento Especializado Santa Marta, na rua Capitão Montanha, 27.

Hepatites virais

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas. Na maioria das vezes, é assintomática.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus B e C, que possuem diversos mecanismos de transmissão, como o parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis.

Hepatite B

A vacinação contra a hepatite B é a melhor forma de prevenção. Vacina e teste rápido estão disponíveis para toda a população pelo SUS nas unidades de saúde.

Hepatite C

A hepatite C tem cura e pode ser diagnosticada no teste rápido. Não há vacina, mas o tratamento é simples, seguro (uma cápsula por dia) e cura quase 100% dos casos. Está disponível pelo SUS. Todas as pessoas com 40 anos ou mais devem fazer o teste para hepatite C. Outras pessoas de qualquer idade com fatores de risco para exposição também devem fazer o teste.

Conforme a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), estima-se que 296 milhões de pessoas no mundo sofrem de hepatite B como infecção crônica e a maioria desconhece o diagnóstico. Além disso, de 58 milhões de pessoas infectadas com hepatite C mundialmente, 79% não sabem e não recebem tratamento.

De acordo com o Ministério da Saúde, o público prioritário são pessoas acima de 40 anos, portadores de diabetes e pessoas que tiveram exposição a sangue e derivados, seja por transfusão de sangue antes de 1993, hemodiálise, uso de drogas ou procedimentos estéticos como piercing e tatuagem, pessoas privadas de liberdade, pessoas que vivem com HIV, homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, trabalhadores do sexo, usuários de álcool e outras drogas e pessoas em situação de rua.

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