Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Voltar Polícia Federal aceita delação premiada do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) aceitou fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Cid deu depoimentos à PF nos últimos 20 dias.  A proposta agora será enviada ao MPF (Ministério Público Federal) — que dará seu parecer — e precisa ser aceita pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos em que Cid é investigado.

Ainda não há informações sobre qual será o foco da delação, isso porque Cid é investigado em mais de um caso.

Segundo os investigadores, o ex-ajudante de ordens é suspeito de:

* participar da tentativa de trazer de maneira irregular para o Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita;

* tentar vender ilegalmente presentes dados ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras em viagens oficiais;

* participar de uma suposta fraude de carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente;

* envolvimento nas tratativas sobre possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro;

* envolvimento em tratativas sobre um possível golpe de estado.

No final da tarde da última quarta-feira (6), Cid foi ao STF confirmar que fará a delação. Ele foi de livre e espontânea vontade.

O juiz Marco Antônio realizou uma audiência com Mauro Cid e seu advogado para verificar se o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) realmente quis fazer delação à Polícia Federal.

Em 28 de agosto, Cid passou mais de 10 horas depondo na sede da PF, em Brasília, no âmbito da investigação que apura a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro. Naquela altura, o acordo já vinha sendo negociado.

Cid é citado em investigações sobre o caso das joias, os atos de vandalismo do 8 de janeiro na Esplanada dos Ministérios e a falsificação de carteiras de vacina. Esta última é a razão pela qual ele cumpre prisão preventiva desde maio.

O tenente-coronel também era cobiçado para um inédito acordo de delação premiada com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.

Assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Fábio Wajngarten disse nesta tarde que “não há o que delatar”.

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