Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Voltar PIB per capita do Brasil é o maior desde 2014, mas produtividade é a pior desde 2009

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro por habitante ficou em R$ 45.706, em 2022, maior patamar desde 2014, quando somou R$ 47.566, segundo Claudio Considera, coordenador do núcleo de contas nacionais do Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), que divulgou nessa quarta-feira (15) seu Monitor do PIB, com suas estimativas para a atividade econômica em dezembro e no ano passado fechado.

Em termos monetários, o FGV Ibre estima que o PIB brasileiro ficou em R$ 9,82 trilhões, no ano passado. Com base na população estimada de 214,828 milhões de pessoas ao término de 2022, segundo projeção do IBGE, foi feito o
cálculo do chamado PIB per capita.

Em contrapartida, a produtividade da economia brasileira, ao término de 2022 na leitura do Monitor, encerrou em R$ 85.105, o pior resultado na série desse dado, para o Monitor, desde 2009 (R$ 84.674).

Considera lembrou que desempenho mais fraco em produtividade, no ano passado, já tinha sido antecipado em diferentes pesquisas do FGV Ibre. “Infelizmente, a produtividade continuou ruim”, comentou ele.

Também no Monitor, a taxa de investimento da economia em 2022 ficou em 19,9% em 2022; menor que a de 2021 (20,2%).

Análise trimestral e mensal

Na análise trimestral, o PIB apresentou, na série com ajuste sazonal, retração de 0,2% no quarto trimestre, em comparação ao terceiro trimestre. Na análise interanual, o PIB apresentou crescimento de 1,9% no quarto trimestre de 2022.

Na análise mensal, o PIB apresentou crescimento de 0,2% em dezembro, na comparação com novembro. Na comparação interanual o resultado do PIB de dezembro foi de crescimento de 1,4%.

Consumo das famílias

O consumo das famílias cresceu 4% em 2022. O consumo de serviços foi o principal responsável por esse aumento. Como destaque negativo nota-se que o consumo de duráveis retraiu ao longo do ano.

Por serem compostos por bens de maior valor agregado (automóveis, eletrônicos, entre outros), os altos níveis dos juros, de certa forma inibem o consumo desses tipos de bens.

Exportação e importação

A exportação de bens e serviços cresceu 6% em 2022. Praticamente todos os segmentos contribuíram positivamente para este desempenho, à exceção da extrativa mineral. Cabe destacar a contribuição da exportação de serviços e bens intermediários.

A importação de bens e serviços cresceu 0,9% em 2022. O desempenho positivo dessa atividade é resultado do crescimento da importação de serviços que contribuiu fortemente durante todo o ano. Por outro lado, foram as quedas crescentes da importação de produtos da extrativa mineral que tornaram baixo o crescimento dessa atividade.

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