Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 10 de maio de 2023
A perícia que está sendo feita no celular do tenente-coronel Mauro Cid, apreendido pela Polícia Federal (PF) no dia da prisão dele, revela conversas sobre remessas de dinheiro para fora do Brasil. As movimentações são consideradas suspeitas por parte da investigação. Mauro Cid foi preso no dia 3 de maio em uma operação da PF que investiga a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19. O tenente-coronel é ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente também foi alvo de buscas por parte da PF na operação.
Por meio da perícia feita no telefone de Cid, os investigadores extraíram trocas de mensagem com o suposto operador da conta que seria do tenente-coronel nos Estados Unidos. Os valores chamam a atenção e serão investigados.
Com essas informações, os agentes irão pedir a quebra do sigilo da conta, que será feito por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça (DRCI). O trâmite no Brasil costuma ser rápido, mas a obtenção das informações pode demorar no Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
No dia da operação, a PF encontrou US$ 35 mil (equivalentes a R$ 175 mil) e R$ 16 mil em espécie em um cofre na casa de Mauro Cid. Agora, ele é suspeito, também, por lavagem de dinheiro. Atualmente, Mauro Cid é investigado em pelo menos quatro inquéritos: fraude de cartões de vacinação, caso das joias sauditas, milícias digitais e os atos golpistas de 8 de janeiro.
Mauro Cid é filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega do ex-presidente no curso de formação de oficiais do Exército. Formado em 2000 na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), Cid se preparava para assumir um posto nos Estados Unidos em 2018 quando foi designado para ser ajudante de Bolsonaro.
No cargo, o tenente-coronel recebeu a função de assessorar o ex-chefe do Executivo, como secretário particular. Ele era responsável, por exemplo, por atender telefonemas do celular de Bolsonaro. Também cuidava das contas pessoais do ex-presidente e até apresentava ao chefe publicações nas redes sociais que o pudessem desagradar. Entre suas atribuições, o coronel cuidava, ainda, da conta bancária pessoal da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
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