Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024

Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024

Voltar Pequenos robôs mexicanos vão explorar a Lua em missão inédita

Cinco pequenos robôs projetados e fabricados no México vão decolar para a Lua no final deste ano em uma missão científica inédita. As máquinas de duas rodas vasculharão a superfície lunar colhendo medições sofisticadas, como informações de temperatura e eletromagnetismo.

Os chamados “nano robôs” foram desenvolvidos por pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). A missão está pronta para ser lançada em um foguete Vulcan da United Launch Alliance e seria a primeira espaçonave americana a pousar na Lua em quase 50 anos.

“Esta é uma pequena missão onde testaremos o conceito e depois realizaremos outras missões, primeiro à Lua e depois a asteroides”, disse à agência de notícias Reuters Gustavo Medina Tanco, cientista da UNAM que lidera o projeto Colmena (“colmeia”, na tradução do espanhol). Segundo ele, os cinco aparelhos trabalharão juntos como um enxame de abelhas.

Tanco explicou que os robôs são feitos de aço inoxidável, ligas de titânio e alumínio espacial, e estão equipados para coletar minerais lunares que poderiam ser úteis em futura mineração espacial. As máquinas estão programadas para serem lançadas em junho no módulo de pouso Peregrine da empresa americana Astrobotic, originalmente desenvolvido para a competição Lunar-X-Prize, patrocinada pelo Google.

Na missão de um mês, os nano robôs farão medições da temperatura do plasma lunar e medições eletromagnéticas. Além disso, analisarão o tamanho de partículas de regolito.

“Podemos fazer a diferença na tecnologia e na cooperação internacional. Isso pode levar a importantes parcerias para estudar os minerais ou realizar outras explorações científicas”, disse Tanco.

Impacto de toneladas de lixo

A Lua vai sofrer um impacto de três toneladas de lixo espacial nesta sexta-feira (4). Especialistas afirmaram ser restos de um foguete chinês, que cairá em solo lunar a uma velocidade de 9.300 km/h. Com o impacto, cientistas preveem a abertura de uma cratera de 10 a 20 metros de diâmetro. O culpado pela colisão “clandestina” ainda não assumiu a responsabilidade.

Inicialmente pensava-se ser destroços de equipamento da SpaceX, empresa aeroespacial do bilionário Elon Musk. Apesar de especialistas desvendarem que o lixo espacial pertence a um foguete que a China lançou há quase uma década, as autoridades do país não confirmam a autoria.

Lado distante da Lua

O impacto vai acontecer do “outro lado da lua”, conhecido como o “lado oculto” do satélite. Com isso, a colisão fica fora do alcance dos telescópios profissionais ou de astrônomos amadores. Por conta da falta de visibilidade do solo lunar nessa região, a confirmação da queda do foguete pode demorar algumas semanas.

O lado oculto da Lua é o hemisfério do satélite que não pode ser visto da Terra por conta da rotação sincronizada com o nosso planeta. A China tem um módulo de pouso lunar neste outro lado do solo, mas que estará distante do local de impacto nesta sexta-feira. Já a NASA conta com o Lunar Reconnaissance Orbiter, mas que também estará fora de alcance.

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