Sábado, 11 de maio de 2024

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Voltar Pensões de acolhimento em Porto Alegre passam por vistoria a partir desta segunda-feira

A prefeitura de Porto Alegre anunciou para esta segunda-feira (29) o início de vistorias em pensões que prestam serviço terceirizado de acolhimento a indivíduos sob situação de vulnerabilidade. Motivado pelo incêndio que na madrugada de sexta (26) matou dez pessoas em pousada da rede Garoa em trecho da avenida Farrapos no bairro Floresta, o trabalho será realizado por força-tarefa.

Integram a equipe servidores da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), com apoio das pastas da Saúde (SMS) de Planejamento e Assuntos Estratégicos (SMPae) e Obras e Infraestrutura (Smoi). No foco da iniciativa estão os endereços de hospedagem mantidos pela empresa, contratada em caráter emergencial desde 2020 (primeiro ano da pandemia de coronavírus).

O convênio tem sido renovado desde então, com um desembolso anual de R$ 2,7 milhões à empresa, que administra todas as 23 pensões atualmente conveniadas à Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). Aliás, o próprio contrato também será alvo de apuração.

Perícia encerrada

Ao longo deste sábado (27), técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) trabalharam no local da tragédia pelo segundo e último dia, com apoio de profissionais do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBM-RS). O objetivo foi levantar dados que possam esclarecer a causa das chamas.

Depois de concluído o serviço foi instalado um tapume junto à entrada prédio. A estrutura serve para isolar o local até que seja concluída a investigação.

Sobreviventes

O fogo e a fumaça que atingiram o prédio de cinco andares na avenida Farrapos deixaram dez mortos e 15 feridos (por queimadura, lesões ou inalação de fumaça), dois deles em estado grave. A maioria dos sobreviventes foi liberada ao longo da sexta-feira e reinstalada em outros estabelecimentos pela Fasc.

Trata-se do incêndio de maior letalidade na capital gaúcha desde 27 de abril de 1976 – uma coincidência cronológica impressionante. Naquela data, a célebre tragédia da loja Renner no Centro Histórico custou matou 41 pessoas e feriu mais de 60, incluindo funcionários, clientes e bombeiros que atuaram no combate às chamas.

O incidente no bairro Floresta não é o primeiro a envolver pensão da rede Garoa. Na madrugada de 10 de novembro de 2022, uma unidade da empresa no trecho da rua Jerônimo Coelho entre Marechal Floriano e Vigário José Inácio (Centro Histórico) sofreu incêndio semelhante, matando uma pessoa e ferindo 11.

(Marcello Campos)

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