Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Voltar Partidos entram na disputa para indicar ministros, principalmente para as pastas com os cofres mais “gordos”

As trocas na Esplanada dos Ministérios por causa das eleições deste ano provocaram embates entre partidos e o Palácio do Planalto nesta semana. As siglas se movimentaram e tentaram emplacar nomes, principalmente para as pastas com os cofres mais gordos, como o Ministério do Desenvolvimento Regional, para terem a garantia de que as emendas de relator, do orçamento secreto, serão pagas.

O pagamento dessas emendas é muitas vezes usado como arma eleitoral pelos políticos para atrair votos em seus redutos nos Estados, o que as torna mais importantes e estratégicas neste período. Por enquanto, o governo está se programando para liberar R$ 16,5 bilhões neste ano, até dezembro.

Há ainda R$ 16,5 bilhões destas emendas do orçamento deste ano e outros R$ 18,8 bilhões de anos anteriores que ainda não foram pagos. Os valores fazem crescer os olhos das lideranças que querem garantir a reeleição em outubro.

Justamente por isso, há uma pressão para que a liberação da maior parte dos recursos aconteça antes das eleições. A lei eleitoral proíbe o pagamento de emendas nos três meses anteriores à disputa.

O governo, no entanto, deve priorizar a nomeação de secretários-executivos dos ministérios onde os titulares deixem o cargo. Com a saída de Tarcísio de Freitas do comando da Infraestrutura para concorrer ao governo de São Paulo, por exemplo, quem deve assumir é Marcelo Sampaio, que é também genro do ministro da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos.

Saídas

Dez ministros deixaram os cargos nesta quinta-feira (31). Todos devem concorrer nas eleições deste ano. A lei determina que integrantes do Executivo devem deixar as funções em até seis meses antes do pleito.

Os ministros saem para disputar cargos para governos de Estados, Senado e Câmara dos Deputados. A maioria será substituída por os atuais secretários-executivos.

Walter Braga Netto, possível indicado para vice-presidência na chapa de Jair Bolsonaro, foi o único nomeado para outro cargo dentro do governo. Ele deixa o Ministério da Defesa para ser o novo assessor-especial do gabinete pessoal do Presidente da República. As limitações da lei abrangem apenas cargos de chefia dentro da estrutura federal — não inclui, portanto, cargos de assessoria.

As exonerações, todas a pedido, foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta.

Os ministros que anunciaram despedida são:

— Damares Alves, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos;
— Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura;
— Onyx Lorenzoni, do Trabalho e Previdência;
— Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia;
— Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional;
— Tereza Cristina, da Agricultura;
— Flávia Arruda, da Secretaria de Governo;
— João Roma, da Cidadania;
— Gilson Machado, do Turismo
— Walter Braga Netto, da Defesa.

Voltar

Compartilhe esta notícia:

Deixe seu comentário

No Ar: Show da Tarde