Segunda-feira, 09 de dezembro de 2024

Segunda-feira, 09 de dezembro de 2024

Voltar Partes de foguete chinês devem cair na Terra em áreas ainda não previstas

O curso de um foguete Longa Marcha chinês de 21 toneladas lançado no Espaço preocupa alguns especialistas em astronomia ao redor do mundo. Segundo eles, há risco de que partes do material lançado não se desintegrem ao voltar à Terra e caiam com alta velocidade em pontos do planeta ainda impossíveis de prever.

O foguete Long March 5B partiu da estação de Wentian, em Pequim, na madrugada do domingo (24) levando um laboratório de energia solar para a Estação Espacial de Tiangong. Ele chegou ao local no momento planejado, mas alguns módulos dele não têm qualquer “plano de controle” para voltar à Terra.

Com cerca de 18 metros de comprimento e 4,2 metros de diâmetro, este módulo laboratorial será acoplado ao Tianhe, o primeiro módulo da estação que já está em órbita desde abril de 2021. A operação é um desafio para a tripulação, pois exige várias manobras de alta precisão, algumas delas por meio de um braço robótico. Dotado de três espaços para dormir, banheiros e cozinha, o novo módulo também conta com setores para experiências científicas. Wentian também servirá como plataforma para controlar a estação espacial em caso de problemas técnicos.

Batizada de Tiangong (“Palácio Celestial”), mas também conhecida pela sigla CSS (Chinese Space Station), a estação espacial deve estar totalmente operacional até o final do ano. Depois de Wentian neste fim de semana, os três astronautas da missão Shenzhou-14, atualmente na estação espacial, receberão outro módulo de laboratório, o Mengtian, inicialmente durante o mês de outubro. A estação terá então sua forma final em “T”. Será semelhante em tamanho à antiga estação espacial soviético-russa Mir. Sua expectativa de vida seria de pelo menos 10 anos. “O CSS será concluído em apenas um ano e meio, o ritmo mais rápido da história para uma estação espacial modular”, disse Chen Lan, analista do portal Go Taikonauts.com, especializado no programa espacial chinês. “Em comparação, a construção da Mir e da Estação Espacial Internacional (ISS) durou 10 e 12 anos, respectivamente”, acrescentou.

Quando o Tiangong estiver concluída, a China poderá realizar pela primeira vez uma troca da tripulação em órbita. Essa troca deve ocorrer em dezembro, quando os astronautas da missão Shenzhou-14, atualmente na estação espacial, abrirem espaço para os da Shenzhou-15. A China foi forçada a construir sua própria estação após a recusa dos Estados Unidos em permitir que ela participasse da ISS. O gigante asiático vem investindo bilhões de dólares em seu programa espacial há várias décadas.

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