Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 27 de março de 2022
Oba! Hoje é a festa do cinema. Atores, atrizes, diretores & cia. disputam a estatueta oferecida pela academia de Hollywood. Ganhá-la é a glória. O Oscar na mão abre portas, multiplica os convites, engorda a conta bancária. Explica-se, assim, a curiosidade pela origem do nome.
Em 1931, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood instituiu prêmio para filmes e profissionais da sétima arte. Como chamá-lo? Enquanto os organizadores buscavam um nome popular, a bibliotecária da instituição olhou pra estatueta e comentou: “Puxa! Como se parece com meu tio Oscar”. Foi assim que o fazendeiro da Califórnia Oscar Pierce virou o objeto de desejo de astros e estrelas da telona.
Plural
Há quem ambicione receber a estatueta mais de uma vez. Vale, pois, a questão: Oscar tem plural? Tem. É Oscars.
Engenho e arte
Que tal um cineminha? Pra lá de legal, não? A fim de tornar o programa perfeito, uma condição se impõe: tratar o verbo assistir com engenho e arte. O trissílabo tem manhas. Pode ou não ser acompanhado de preposição:
Assistir, soltinho, sem preposição, significa prestar assistência, ajudar, socorrer: O médico assiste os doentes. O governo assistiu os desabrigados de Petrópolis. A ONG assistirá crianças vulneráveis.
Assistir a quer dizer comparecer ou presenciar: Duzentas pessoas assistiram à posse do novo ministro. Os alunos assistiram ao documentário em silêncio. Você vai assistir à estreia da peça? Assisto a tudo.
Superdica
Na acepção de presenciar ou comparecer, assistir rejeita o lhe. Se precisar empregar o pronome, use a ele, a ela: Fui ao cinema ver o filme Mães Paralelas. Os presentes assistiram a ele com interesse.
Paixão
O filo- de cinéfilo é o mesmo filo que aparece em bibliófilo e filósofo. O primeiro morre de paixão pelos livros. O segundo, pela sabedoria. O cinéfilo é amante do cinema. Uma coisa é certa. Uns e outros são criaturas de extremo bom gosto.
Menor esforço
Cinema já foi cinematógrafo. Imagine a cena:
— Maria, vamos ao cinematógrafo?
Valha-nos, Deus! Não há romantismo que suporte. Melhor apelar para a lei do menor esforço. Ela é tão forte que, ao contrário de muitas leis que não pegam, pegou. A grandona virou cinema, que virou cine. Viva!
Prêmio
O verbo que não sai da boca de astros, estrelas e cinéfilos? É premiar. Natural que pinte a dúvida – como flexioná-lo? Ele se conjuga como sediar: eu sedio (premio), ele sedia (premia), nós sediamos (premiamos), eles sediam (premiam); eu sediei (premiei), ele sediou (premiou), nós sediamos (premiamos), eles sediaram (premiaram); eu sediava (premiava), ele sediava (premiava), nós sediávamos (premiávamos), eles sediavam (premiavam); sediando (premiando); sediado (premiado). E por aí vai.
Leitor pergunta
Quando preciso citar a grande cidade norte-americana, sempre escrevo New York ou Nova Iorque, jamais Nova York. Ou escrevo em inglês ou em português. Acho errado misturar. Peço sua opinião. — José Luiz Carbone, Santos.
Não há uma regra que obrigue a grafar o nome de cidade estrangeira desta ou daquela maneira. As agências internacionais costumam ser seguidas pela imprensa. Quando há várias opções, os manuais de redação orientam os jornais a forma a ser usada.
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