Quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Voltar Novo ministro do GSI diz que militares voltarão a cuidar da segurança do presidente e que a proteção do Palácio Planalto será reforçada

O novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marcos Amaro, afirmou que o órgão voltará a cuidar da segurança pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse ainda que as instalações do Palácio do Planalto vão ser reforçada após os ataques de 8 de janeiro. Segundo o militar, “há uma sinalização do próprio presidente de que vai retornar para o GSI essa segurança imediata”.

O novo ministro afirmou também que uma de suas atribuições à frente do cargo, que assumiu na última quinta-feira, será retomar a “institucionalidade”, pois manifestações políticas afetaram a credibilidade do GSI. Em função disso, de acordo com Amaro, Lula pediu para que mais civis ocupem postos no órgão.

“Uma das minhas atribuições é restabelecer a plenitude da institucionalidade desse órgão. Forças Armadas são órgãos de Estado, e o GSI também deve ser. Tem papel institucional. Foi sempre chefiado por militares e jamais deveria ter perdido essa institucionalidade. Acho que perdeu um pouco no momento em que começaram a ter manifestações políticas. Tenho essa missão de restabelecer a institucionalidade e a confiança no GSI, Da mesma forma como o general Tomás (Paiva) está fazendo isso no Exército”, disse Amaro.

O novo ministro também afirmou que irá propor a Lula a blindagem dos vidros do térreo do Planalto. Nos ataques de 8 janeiro, boa parte dessa estrutura foi destruída durante atos golpistas.

“A segurança física do Palácio é muito deficiente. A rua está a 30 metros da vidraça. Aquela grande ali na frente não é uma coisa arquitetonicamente aceitável, quebra a harmonia”, disse Amaro, reforçando a necessidade de ter a sinalização de uma barreira física no Planalto.

Relação com militares

O general da reserva foi convidado para comandar o GSI em uma reunião com Lula na manhã de quarta-feira, que teve também a presença do ministro da Defesa, José Múcio. Num gesto aos militares, o presidente convidou o novo ministro a acompanhá-lo em almoço com o Alto Comando do Exército, realizado naquele mesmo dia. Até maio do ano passado, Amaro foi chefe do Estado Maior, segundo cargo na hierarquia da força.

Após a saída do general Gonçalves Dias do comando do GSI no último dia 19, teve início dentro do governo uma disputa entre dois grupos: um defendia que a pasta continuasse sob o comando de um militar, como é tradição, e outro que era chegada a hora de ter um ministro civil.

O general Amaro, como é conhecido, foi uma espécie de sombra de Dilma, primeiro na Secretaria de Segurança Presidencial e, depois, como chefe da Casa Militar, órgão que exercia as funções do GSI no governo da petista. Ele ficou no posto até o impeachment em maio de 2016.

Depois, Amaro foi comandante militar do Sudeste e chefe do Estado Maior do Exército. Ele foi para a reserva em 2022 como general de quatro estrelas, o topo da carreira do Exército.

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