Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

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Voltar Novidade na Netflix: este filme romântico acaba de ser lançado discretamente, mas vale cada segundo para fãs do gênero

Se você está sentindo falta de boas histórias românticas no streaming nos últimos tempos, já pode correr para o catálogo da Netflix e procurar por Nuovo Olimpo. O cineasta turco-italiano Ferzan Özpetek, de O Segredo de Napóles, dirige um drama inspirado em sua própria vida e conta a história de uma relação ambientada na Itália, de 1978 a 2015.

Nuovo Olimpo possui o clássico enredo sobre a pessoa certa na hora errada. O casal protagonista, Enea (Damiano Gavino) e Pietro (Andrea Di Luigi), se conhece quando eram jovens e sonhadores. Enea é um estudante de Cinema que frequenta regularmente o Nuovo Olimpo, cinema local conhecido como ponto de encontro de homens gays.

Pietro, por sua vez, é um estudante de Medicina que descobre o espaço após encontrar Enea pela primeira vez no set de gravação de um filme. Os dois se apaixonam instantaneamente, mas Pietro nunca se relacionou com um homem, então ele está compreensivelmente tímido e nervoso.

Os vários encontros iniciais do jovem casal são bastante agradáveis, especialmente porque Enea dá a Pietro o espaço e tempo necessário para que ele se sinta confortável física e psicologicamente em seu primeiro relacionamento com um homem.

Após uma manifestação violenta, Enea e Pietro se separam. Mas o amor que sentem um pelo outro resistirá ao teste do tempo. O filme acompanha a evolução desses dois homens, enquanto o espectador espera secretamente que a vida acabe por uni-los. É disso que se trata o Nuovo Olimpo: paixão inabalável. 1988, 1993, 2015. As décadas vão e vêm, os rostos mudam, mas a memória permanece.

Melodrama

Ferzan Özpetek assina um filme romântico e se vale dos códigos do melodrama para capturar seu público. Alguns slow-motion flertam com o limite, mas, acima de tudo, lembramos sua delicadeza e sua evidente sinceridade. Óbvio do porque o diretor contar a história de sua própria vida. Em seu cinema, Ferzan Özpetek sempre abordou a homossexualidade através de personagens dilacerados ou forçados a se esconder.

É também uma questão de escolhas e arrependimentos em Nuovo Olimpo, mas o drama destaca uma verdadeira e grande história de amor homossexual da qual poucas realmente existem. É, portanto, ainda mais frustrante que a plataforma o divulgue de forma discreta, sem qualquer promoção.

Além disso, há um terceiro protagonista nesse filme: o cinema. Nuovo Olimpo também é uma declaração de amor à sétima arte. O cenário da bilheteria e da sala de exibição é um bela escolha estética e traz a nostalgia de uma época em que os cinemas de rua estavam por toda parte.

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No Ar: Caiçara Confidencial