Sábado, 18 de maio de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 5 de maio de 2024
O prefeito de Eldorado do Sul, Ernani de Freitas Gonçalves, declarou nesse domingo que a cidade está enfrentando uma “extrema calamidade” devido às chuvas e enchentes devastadoras que assolam o Rio Grande do Sul. Gonçalves descreveu a situação como desoladora, afirmando que “acabou o nosso município”, devido ao isolamento da cidade em relação aos vizinhos e ao fato de que o centro foi 100% atingido, tornando o acesso possível apenas por helicóptero.
Segundo João Ferreira, coordenador da Defesa Civil de Eldorado do Sul, a cidade está enfrentando uma situação de emergência sem precedentes. “Todos os bairros da cidade foram atingidos, onde muitas pessoas se encontram em situações extremas, aguardando por socorro”.
O prefeito do município afirmou que grande parte da população já foi resgatada. Cerca de 5 mil pessoas na cidade estão desassistidas de alimentos, sendo 300 no segundo piso de uma escola. O prefeito deseja levar no mínimo 500 pessoas para algum abrigo e acomodar o restante no segundo piso de prédios. Também é necessário avaliar a gravidade dos casos de afetados para socorrê-los e levá-los a outros municípios, como Porto Alegre.
Gonçalves descreveu um cenário de guerra no município: a maior parte dos carros está submersa; mercados e farmácias estão sendo saqueados em meio à fome; e a maior parte dos estoques dos estabelecimentos foi perdida.
A cidade permanece em estado crítico, e a recuperação pode levar vários dias, com a mobilização de esforços sendo crucial para enfrentar essa terrível emergência. Com uma população de cerca de 40 mil habitantes, estima-se que entre 20 mil e 30 mil pessoas estejam desabrigadas.
Cidade submersa
Localizada na região metropolitana de Porto Alegre, a cidade de Eldorado do Sul está praticamente toda submersa. As vias de acesso a algumas localidades estão bloqueadas pela água ou por deslizamentos e quedas de árvores ou pedras. Uma barragem localizada na cidade está entre as 19 em estado de alerta ou atenção.
Parte da população está sem energia elétrica e mais da metade dos quase 40 mil habitantes do município foi, de alguma forma, afetada pelas consequências das chuvas que já mataram 78 pessoas em todo o Rio Grande do Sul. A rede telefônica está instável e, em boa parte do tempo, telefones fixos e móveis simplesmente não têm sinal.
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