Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 24 de fevereiro de 2022
Na manhã desta quinta-feira (24), o perfil oficial do PT (Partido dos Trabalhadores) no Senado no Twitter publicou dois posts sobre a guerra Rússia-Ucrânia, que foram apagados posteriormente.
As postagens diziam que “o PT no Senado condena a política de longo prazo dos EUA de agressão à Rússia e de contínua expansão da Otan em direção às fronteiras russas. Trata-se de política belicosa, que nunca se justificou, dentro dos princípios, dentro dos princípios que regem o Direito Internacional Público”.
Um segundo post acrescentava que “essa política imperialista produziu o quadro geopolítico que explica o atual conflito na Ucrânia. Tal conflito, frise-se, é basicamente um conflito entre os EUA e a Rússia. Os EUA não aceitam uma Rússia forte e uma China que tende a superá-los economicamente”. Essa postagem também foi deletada.
Procurada, a assessoria do PT no Senado informou que a nota foi retirada do ar para ser “ajustada”. “Ela foi feita por nós e verificamos a necessidade de ajustes. Foi retirada e deve ser republicada, se a bancada assim decidir”, disse a assessoria. Uma nova versão foi publicada, pedindo uma solução “pacífica” para o conflito no leste europeu.
“O Partido dos Trabalhadores sempre defendeu que as relações internacionais sejam pautadas pelo respeito à autodeterminação dos povos e no diálogo democrático entre países, visando a construção da paz, progresso e justiça social para todos”, diz o texto, assinado pela presidente da legenda, a deputada federal Gleisi Hoffmann, e pelo secretário de Relações Internacionais do partido, Romênio Pereira.
A nota segue, dizendo que “a resolução de conflitos de interesses na política internacional deve ser buscada sempre por meio do diálogo e não da força, seja militar, econômica ou de qualquer outra forma”.
“Neste momento, entendemos que a solução do contencioso entre Rússia e Ucrânia deve se dar de forma pacífica, utilizando todas as possibilidades de mediação em fóruns multilaterais”, conclui o texto.
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